29 dezembro, 2010

Despedidas a 2010

Para começo de conversa 2010 foi um ano memorável, algumas coisas a esquecer é claro, como a Copa do Mundo. Bom mas houveram outras estórias mais interessantes ou agradáveis.
 O Brasil elegeu uma mulher para presidente e São Paulo, o palhaço Tiririca para a Câmara.
Geisy Arruda se vestiu de celebridade e posou nua. A polícia enfrentou o crime organizado no Rio e a corrupção no recordista Tropa de Elite 2. Barack Obama perdeu apoio nos EUA; Lula não. Mineiros chilenos foram resgatados do fundo do poço. O mundo conheceu segredos diplomáticos constrangedores pelo wikilik. José Saramago fez as pazes com o ponto final. E pela primeira vez um homem foi curado da infecção pelo HIV entre tantos outros fatos memoráveis.
2010 foi um ano intenso, passamos por grandes alegrias , algumas tristezas , um misto de dor , esperança e renovação.
Não somos privilegiados , nem mártires, todos vivenciamos altos e baixos na vida.
Algumas vezes temos medo de não sair daquela nuvem negra que nos assola a cabeça, mas as estatísitcas comprovam que depois da tempestade vem a bonança. Todavia enquanto a nuvenzinha negra nao dispersa, com certeza não são as estatísitcas que vão segurar sua mão no meio da noite , ou que dividirão com você um copo de leite morno acolhedor.
Digo isso prinicipalmente para aqueles que vivenciaram uma perda no último ano, sofremos não apenas por aquela perda específica, mas pela vida que imaginamos, sofremos pelo futuro e todos os planos e sonhos que tinhamos em mente e de repente tudo acaba.
Existe uma citação que diz "Você precisa esquecer a vida que planejou para encontrar a vida que te espera".
Toda nossa vida crescemos desisitndo de coisas por perdas e seguimos em frente; coisas importantes, coisas pequenas...... e como lidamos com essas perdas define quem somos.
Não precisamos de alguém que nos diga o que fazer, só de alguem que nos ouça, ou nos ouvirmos, apenas isso.
Um lugar onde possamos falar bem alto para ouvir o que realmente pensamos, aí então saberemos o que fazer e o que não fazer e saberemos a hora de seguir em frente.
Se tentamos algumas vezes e não deu certo, essa decepção , essa perda, esse sofrimento, essa tristeza, se não admitir isso, eles nunca sairão do seu caminho.
Sentimentos que não admitimos são como espinhos na garganta, não nos deixam falar , não conseguimos visualizar que caminho seguir.
E precisamos ser capazes de ver o que está ali debaixo dos nossos olhos.
Algumas vezes não lidamos bem com algumas coisas, nos sentimos perdidos, deixamos o otimismo em segundo plano.
O que realmente acredito é que se podemos ser felizes então porque nesse novo ano que se inicia não considerar essa probabilidade como a melhor estatística para 2011.
De braços abertos para o ano que se inicia , que seja divertido para todos nós.

16 dezembro, 2010

Livro de Cabeceira

Há um livro que descobri recentemente e gostaria de recomendar. Trata-se de “A auto estima de seu filho" Foi meu livro de cabeceira por vários meses, eu que não costumo ser fiel a nenhum autor. Meus hábitos literários são um tanto variados, e desta vez meu coração escolheu este pequeno livro, dedicado não apenas a pais mas a adultos em geral, nele  se revela as atitudes comportamentais de adultos com crianças . Por seus textos, vislumbramos uma personalidade consciente, extremamente sensível e atenta aos problemas da atitude dos adultos para com os pimpolhos. Há passagens de humor , crítica e instruções, em suma  tratar de que o mundo seja digno para todas as vidas humanas, não só para algumas, particularmente em sua fase inicial que é a infância.
Em meus livros de cabeceira  costumo não me ater a grandes  literaturas, mas leio para a vida, e como ela flutua em altos e baixos os livros são um consolo e um convite a compreensão do momento atual.
Personagens e vida real se misturam e no inconsciente do sono algumas questões difícieis, aparentemente sem respostas durante o dia, parecem ser qualquer importância na manhã seguinte.
Não é um belo presente esse intervalo dia noite?
E o melhor de tudo....... acessível a todos.

08 dezembro, 2010

Petit petit

Eheheheh sempre fui uma criança bem feliz , mas falar disso aqui é tão redundante, então resolvi fazer uma pequena travessura e scanear algumas fotinhas da época petit, as imagens estão bem amarelinhas e a resolução das fotos é tão precária mas ficou perfeito  para transmitir minha alegria infantil.










03 dezembro, 2010

Uma guerra silenciosa

Hoje vindo para o trabalho estava escutando uma antiga música do Legião Urbana, Fábrica e uma de suas estrofes dizia:
Nosso dia vai chegar,
Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
E me lembrei da violência no Rio de Janeiro e dos cercos aos traficantes dos morros nas últimas semanas, a música dos meninos de Brasília na minha estreita interepretação fala da escravidão e acho que essa palavra representa perfeitamente a atuação da droga na vida das pessoas.
O mundo se amedronta com a possibilidade de uma terceira guerra mundial em virtude de tantos conflitos entre alguns países em busca de dominação e poder mas ao meu ver a terceira guerra já começou a muito tempo.
 A guerra instalada através do vício, uma guerra lenta e silenciosa que destrói famílias e seifa vidas de muitos jovens, e isso me faz lembrar minha conversa com um velho amigo que perdeu seu filho para as drogas, naquele dia já se passavam sete anos da morte de seu filho e ainda assim algumas lágrimas escorreram pela sua face ao lembrar de suas escolhas equivocadas.
Como muitos da minha geração , já presenciei muitos amigos e conhecidos embarcarem nessa trajetória que tem um fim praticamente certo: a morte prematura  e muito sofrimento.
As dificuldades da vida não são motivo para a fuga nas drogas, a falta de perspectiva tampouco mas a banalização da vida , esse presente tão especial que recebemos do Pai é algo que me comove e intriga na atitude destas pessoas.
O meu desejo para os próximos anos é que essa guerra realmente acabe porque nascemos para sermos felizes e não para a escravidão.

01 dezembro, 2010

Levanta e segue em frente

Quantos de nós já não passou pela vida e começou a perceber o seu comportamento e  a desenvlover algum sentimento de culpa, na verdade todos nós já pensamos nesse sentimento e já o sentimos com certeza e então podemos refletir um pouco sobre esta questão de nos sentirmos culpados por algo.
Será que nós estamos sendo corretos ou será que estamos sendo exigentes demais com as nossas atitudes?
Todos nós sabemos que vivemos aquilo que construimos, todos nós estamos vivendo um grau evolutivo diferenciado e óbvio, todos nós buscando cada vez mais a perfeição; nós estamos sempre querendo construir e essa construção obviamente tem que estar o mais perfeita possível e é por isso que muitas vezes quando nós exigimos demais do nosso comportamento nós entramos no estado de culpa ou remorso por termos perdido tempo, por termos vivenciado algumas situações que hoje condenamos.
Mas nós sabemos que o nosso Pai criador é de infinita bondade, porque é que nós vamos agora refletindo a nossa vida entrarmos num estado de culpa ou condenação sem necessidade ? pois nós sabemos que quando nós reconhecemos um erro, uma atitude, um comportamento, um pensamento errado nós poderemos instantaneamente elevar o nosso pensamento ao criador e nos desvincular desse tipo de idéia ou até desta lembrança . Nós somos seres evolutivos no decorrer das nossas existências claro que efetuamos algumas atitudes negativas, alguns comportamentos errados enfim não nos cabe agora entrar em julgamento ferrenho ; porque o julgamento ferrenho nos levará infelizmente a uma doença, podemos desenvolver algumas doenças emocionais como a depressão , síndrome de pânico, enfim algumas fobias porque nós vamos analisando a nossa vida e vamos nos sentindo muito errados e inconscientemente nós queremos nos prejudicar como uma condenação, então inconscientemente por eu ter feito alguma coisa  eu começo a querer me castigar e óbvio que acaba desenvolvendo alguma doença.
 Se sabemos que este não é o caminho, nós poderemos sim reconhecer algum ato errado e entrar em contato com a divindade através da prece , de uma oração pedir para que os amigos espirituais possam nos inspirar a mudar o nosso comportamento através das nossas atitudes diárias , que nós possamos realmente recuperar alguma atitude negativa ou pensamentos ruins e com certeza essa ajuda virá só que voce não precisa viver em culpa ou remorso por ter cometido algum erro.
 Simplesmente renovar as suas atitudes, renovar a sua forma de ver a vida, renovar a sua forma de olhar para si mesmo e entender que todos nós fomos criados com possibilidades de acertar e de errar por isso temos a necessidade de exercitar para aprender e de colocar as nossas aptidões em treinos , e repetir de variadas formas e seguirmos a nossa vida .
Então os erros e os acertos eles fazem parte ainda do nosso grau evolutivo e desta forma não podermos perder tempo naquela situação de culpa , prostração e lembrança daqueles atos indesejáveis que aconteceram no passado, nós não podemos mais perder tempo, nós termos que olhar para o nosso presente e termos a vida como uma forma de  buscar gragativamente a paz.
E a paz se conquista através de pequenos momentos diários percebidos, ou seja, nós precisamos aprender a viver o nosso presente com bastante gratidão, buscar entender que o nosso grau evolutivo permite sim erros e acertos e não é por isso obviamente que nós vamos viver em erro, mas se por ventura nós cairmos em erro, vamos nos reerguer, lembrar que Deus é misericordioso de infinita bondade e amor e ele vai nos ajudar a sair dessa situação e nos recuperar.
 Na verdade o nosso objetivo de reencarnar é a recuperação da nossa alma, ou seja nos recuperarmos dos nossos erros e projetarmos para o futuro uma boa vida, uma boa situação até que nós possamos chegar a um grau onde com certeza nós não precisaremos mais errar para aprender.
Que você alcance sua paz.

Perdas

Acredito que o indivíduo que tem conhecimento da existência da vida após a morte aprende a lidar muito melhor com a questão da perda de entes queridos ao longo da vida, porque tem uma concepção diferente dos demais, sabe que a perda é apenas física e transitória.
Então, quando a pessoa passa por essa situação, muitas vezes de uma forma inesperada ou brutal e tem a crença nos valores espirituais, consegue viver esse período de luto com maiores condições de enfrentar o distanciamento.
A pessoa que crê na existência da vida após a morte e passa pela dor da perda de um ente querido, lida melhor psicologicamente e emocionalmente com a morte.
 O individuo que não tem essa concepção da existência espiritual, acaba vivendo esse distanciamento de uma maneira pior e de forma conflituosa, por não acreditar na possibilidade de reencontrar a pessoa que partiu.
Com a dor da perda, o psiquismo sofre muitos danos e se existir uma ligação muito forte entre esses, a pessoa acaba vivendo com um grande drama. Muitas, até, não conseguem se curar quando perdem seus entes queridos; continuam sofrendo muitos anos com a mesma dor. Além do aspecto espiritual, como podemos trabalhar psicologicamente a dor da perda?
Nós temos que analisar o que é a perda. Ela significa não podermos mais compartilhar com aquele indivíduo que é muito importante em nossa vida.
Todos nós temos pessoas importantes em nossas vidas, mas se estivermos mais preparados e desenvolvermos oautoconhecimento, aprenderemos a trabalhar melhor com os momentos difíceis.
Muitas vezes existe uma dependência emocional muito grande entre elas e a perda parece brutal, até mesmo, desesperadora. Então, uma forma de lidar melhor com essas situações é a busca da psicoterapia. Por intermédio do tratamento, acaba entrando em contato com suas potencialidades internas e desenvolvendo a auto-estima, pois em geral, as pessoas muito dependentes das outras são pessoas que não confiam em si mesmas.
O autoconhecimento é uma ajuda para tudo na vida do ser humano, porque as perdas, as dificuldades e as frustrações existem e vão existir sempre. Mas a pessoa aprende, dessa maneira, a ter subsídios emocionais e afetivos suficientes para enfrentar as perdas em geral; aprende a canalizar o seu amor também para outras pessoas. Desabafar sobre os problemas pode ajudar?Sim.
Falar, expressar seus sentimentos pode ajudar muito, mas apenas isso não resolve totalmente a questão. O tempo também ajuda a pessoa a enfrentar a situação.É importante que aconteça a comunicação, porque o indivíduo muitas vezes acaba entrando em um estado de isolamento e se distanciar não é a maneira mais adequada de solucionar o problema.
Negar, jamais deve ser o caminho de resolução de uma questão, e evitar falar é fugir.
A dor da perda leva muitas pessoas para os consultórios dos psicólogos...
O ser humano não foi criado para viver a dor, foi criado para viver o prazer, e desde criança aprendemos a lidar com a vida cheia de prazeres.
Por isso que muitas vezes vemos os jovens com grandes frustrações e decepções, buscando até as drogas para fugir, exatamente porque não foram educados para vencer as dificuldades.A maioria dessas pessoas que procuram os consultórios chegam em grande dor, até mesmo em desespero. E a dor se simboliza através de uma depressão, onde a pessoa não quer viver mais já que perdeu um ente querido. Nós chamamos esse período de depressão por luto.
E através das sessões terapêuticas a pessoa vai percebendo que a grande dor dela foi de não querer aceitar que ela consegue viver sozinha; não acreditava até então que poderia viver sem aquela pessoa e vai começar a compreender que pode.
O importante é perceber os bons momentos que vivemos com esse ente querido. Além disso, tentar entender que nada acontece ao acaso, tudo tem uma finalidade e se a separação ocorre, ela causa um grande impacto, mas temos que guardar um bom sentimento e sabermos que a caminhada foi importante enquanto estivemos juntos e que a separação não é o fim.
Existe a possibilidade do reencontro.Nós aprenderemos a lidar melhor com essa separação se tivermos a certeza de que ela é transitória. Todos nós partiremos um dia para o plano espiritual.
Lidar com a morte não é nada fácil, porque é conviver com a perda. O enfrentamento vem a partir do momento em que tentamos aproveitar a presença de nossos entes queridos enquanto estão conosco, demonstrando carinho e amor, para quando partirem, não sofrermos tanto.
 Mas o que resta quando esse ente desencarna é lembrar desses bons momentos e ter a certeza de que a perda não é permanente, é apenas transitória. É um período de afastamento.
A pessoa deve tentar levar sua vida adiante, porque quando ficamos presos demais à perda, no futuro acabamos tomando conhecimento de que não vivemos a própria vida e sim, a vida do outro.
A pessoa que sofre a dor da perda de um ente querido não deve depender emocionalmente de uma mensagem psicografada.
Apesar de muitas vezes servir como consolo, a pessoa precisa criar forças em seu próprio mundo interior.
Participando de grupos de apoio a pessoa deve tentar levar sua vida adiante, porque quando ficamos presos demais à perda, no futuro acabamos tomando conhecimento de que não vivemos a própria vida e sim a vida do outro.

22 novembro, 2010

Não quero mais essa âncora

 As pessoas precisam se sentir compreendidas, aceitas e amadas para serem felizes. e isso não significa que devemos aceitar qualquer tipo de comportamento, muito pelo contrário: podemos e devemos mostrar ao outro que às vezes seu comportamento nos magoa, incomoda e machuca e que não queremos ser ofendidos; e da mesma forma, devemos mostrar que outros comportamentos nos deixam felizes;mas é essencial evitar o julgamento, o rótulo. o indivíduo precisa sentir (ou saber) que é valorizado por aqueles que ama e admira principalmente pelo que é, e não só pelo que faz ou demonstra.
cada vez que rotulamos alguém (e esse processo de rotulagem começa quando nascemos, pelos nossos pais e parentes), estamos limitando sua capacidade e percepção de si mesmo, sempre pensamos em prejuízo à auto-estima relacionado a críticas e repreensões, mas o elogio também é uma forma de prisão. a expectativa criada quando somos elogiados pode nos restringir também.
o problema todo e a solução está em entender que temos medo das pessoas que amamos nos admirarem ou amarem menos em função do que fazemos.
porque a verdade é que as pessoas pisam na bola, errar faz parte de ser humano. é claro que tudo o que fazemos afeta os que nos cercam, e é importante que cada indivíduo entenda isso desde pequeno (ação/reação).
o que realmente faz com que nossa auto-estima seja firme e forte não é receber montes de elogios e tampouco não receber críticas ou nãos, mas a certeza de que aquelas pessoas que são essenciais pra nós nos amam mesmo quando erramos e apesar dos nossos erros e fracassos. eles nos amam mesmo quando não somos assim tão inteligentes ou espertos ou legais.
quando sentimos que somos amados apesar dos erros, nos damos o direito de errar e nos perdoamos quando pisamos na bola. e nem preciso dizer que só quem se permite errar é que acerta, não é?
como filha, aprendi a filtrar as inúmeras chantagens emocionais dos meus pais (e aprendi também a me manifestar verbalmente quando essas chantagens me machucam) e repito pra mim mesma em non-stop "eles me amam, não importa como eu me saia. eu não preciso provar nada pra eles!".
como amiga, chefe ou coisa parecida, aprendi a não julgar ou rotular. e apesar de vira e mexe cair na armadilha, aprendi que a melhor forma de me relacionar com as pessoas é me concentrar em como EU me sinto a respeito do que elas fazem, e deixá-las saber disso. se me chateiam, eu digo que me chateei e explico como me sinto quando elas agem assim ou assado.
é responsabilidade delas mudar o comportamento ou não. usando um clichê, é um jogo de frescobol mesmo: cada um precisa fazer sua parte pra bola não parar de quicar. e não se iludam: é difícil agir assim. principalmente porque nossos problemas de auto-estima se colocam como barreiras pra aceitar o outro e ser honesto.

19 novembro, 2010

Não desista

 Se permita então, ainda que seja apenas sonhar
enquanto restar a esperança, o otimismo ou apenas a ilusão
sempre haverá uma chama , uma faísca de que seu dia chegará
se trablhou duro e não progrediu, mantenha o foco , abra a mente, acredite no novo e confie
se seu parceiro de estudo, de trabalho te desaponta, persita, ele é  apenas um te mostrando que em muitas vezes você não terá escolha mas sim terá de aprender a tirar o melhor de qq situação
se as adversidades da vida estão maiores que suas forças, apenas continue, porque já dizia algum filósofo que agora não me recordo o nome para fazer jus a sua sabedoria: "nenhum homem nada no mesmo rio duas vezes"
amanhã já serei outro, e a água não será mais a mesma.
se todas as noites ao deitar voce praticamente suplica ao universo pelos seus sonhos, continue
se seu filme preferido não chega nem aos pés da realidade de sua vida
se o mundo oferece tanto e você só consegue desfrutar a passos de tartaruga
se tua ansiedade te consome ao não saber o que vai ser de  vc no futuro
se um dia vc acorda feliz e se basta apenas por aquele isntante de vida e saúde
se no outro dia a sua felicidade é condicionada a lá  adiante nos planos que ainda são apenas sonhos
 se vc se amedronta ao ter  consciência de que a vida muda num piscar de olhos e isso pode ótimo ou péssimo
se te faltam palavras quando há tanto a ser dito
se muitas vezes vc se sente estranho por ver seu navio ter partido
então se sinta em casa meu amor
porque você é humano e ainda que muitos não tenham se dado conta
estamos a braçadas curtas ou longas no mesmo mar; vivendo apenas diferentes marés,
as vezes estamos no topo da onda outras literalmente no fundo do oceano
abro as portas e sigo confiando sempre
também sou assim e jamais deixarei me definir por qualquer adversidade
porque nehuma delas é maior que a capacidade humana de recomeçar
não desista
eu te amo!

12 novembro, 2010

Vontade

Hoje me consolo com Paulo de Tarso
"Sei que o bem não mora em mim, isto é, em meus instintos egoístas. O querer o bem está em mim, mas não sou capaz de fazê-lo. Não faço o bem que quero, e sim o mal que não quero"
Então todas as vezes que deixo de ser assertiva e me contamino pela agressividade, a doença da alma ; me entristeço.
Admitir que velhos hábitos ainda me incomodem e lutar com garra pela minha reforma íntima, a verdade doída é que muitas vezes a gente se compraz e não quer mudar, o se esforçar é beeemmm penoso, envolve humildade, quebra de orgulho, quebra de preconceitos, segurança porque muitas vezes por trás do "não consigo" está verdadeiramente um "não quero".
Que algum dia possamos como Paulo, que após anos e anos de esforço e auto disciplina se encontra dizendo  verdadeiramente que sim mudamos, pois temos enraizados dentro de si os ensinamentos de Cristo.

10 novembro, 2010

A dor da perda - por Liane Alves

Foi com o peito ainda dilacerado pelo fim do seu casamento que Flávia M. entrou no Museu de Arte de Montevidéu. Quis ver uma exposição temporária de máscaras africanas, sem compromisso, durante uma viagem rapidamente providenciada pela família para que ela pudesse se distrair e relaxar. Ao examinar máscaras e utensílios expostos, seus olhos foram bater numa cuia ritual usada numa cerimônia realizada para aliviar o sofrimento. A cuia era mergulhada num grande recipiente com um líquido amargo e passada de mão em mão para que cada um dos integrantes da tribo sorvesse sua parte e a passasse adiante. “Saber que a dor que estava sentindo não iria durar para sempre me aliviou demais. Vi que era minha hora de beber da cuia, mas que, depois, ela seria passada à frente, para que outra pessoa pudesse experimentála”, conta Flávia.
Quer dizer, de uma vez só e num curto passeio, a moça aprendeu algumas das grandes lições da vida: que o sofrimento nos torna iguais enquanto seres humanos, que todos passamos por ele e que exatamente por haver provado desse gosto é que podemos ser solidários com quem experimenta seu quinhão de amargor.
A dor da perda pode sintetizar todas as dores.
Ou seja, algo que se tinha como garantido simplesmente nos escorreu pelos dedos e não dá mais para recuperar. Acabou-se.
Seja a perda de um familiar, um amor, seja de um trabalho, da saúde, do prestígio ou da autoestima, enfim, de qualquer coisa que julguemos nossa, o fato é que nos encontramos diante da dor inexorável de quem perdeu. E esse sentimento pode nos afetar profundamente.
 A sabedoria, porém, está em saber que há diferentes maneiras de viver e reagir diante da perda, e ao doloroso período que a segue. É útil que conheçamos ao menos algumas delas. Porque, mais cedo ou mais tarde, vai nos chegar a hora da cuia.
As perdas permeiam o cotidiano. Desde as mínimas, as ínfimas, aquelas que a gente mal percebe e que incomodam como uma pedrinha no sapato. Ou também as médias, chatinhas, como o celular roubado ou o voo de avião perdido. São tantas que, se fossemos fazer as contas, teríamos uma boa dezena delas por dia. Muitas vezes elas causam um sofrimento não proporcional a seu tamanho: uma perda boba pode nos chacoalhar sem dó nem piedade, enquanto podemos passar batidos por algo que deveria nos derrubar no chão.
 Isto é, elas dependem não só delas mesmas, mas igualmente de nós.
São também tão variados os sofrimentos causados pelas perdas que poderiam até gerar um dicionário. Nessa hipotética enciclopédia, o escritor uruguaio Eduardo Galeano incluiria, por exemplo, até a dor do torcedor causada pela derrota de seu time. Ele o imagina “no silêncio retumbante do estádio vazio, onde a noite cai e o derrotado continua sentado, sozinho, incapaz de se mexer, em imensas arquibancadas sem ninguém”. Tem maior expressão de desconsolo e solidão, diante de uma perda menor, que essa?
E as dores parecem desproporcionais ao que acontece porque são frutos de uma soma incontável: não choramos por uma única perda, mas por várias que já nos ocorreram durante a vida.
É um sofrimento cumulativo.
Quando desabamos por nada, é porque a gota d’água transbordou.
“A reação àquilo que perdemos depende muito do histórico anterior de cada um”, diz o neuropsiquiatra francês Boris Cyrulnik ao analisar o sofrimento gerado por traumas e choques.
Ele também diz que as pessoas que reagem bem às pequenas perdas (com um alto índice de resiliência, ou capacidade de voltar a seu estado normal) são as que mais bem se recuperam diante de um caso mais grave. Quem não admite perder nem em jogo de buraco obviamente vai ter muito mais dificuldade de superar uma dor intensa. Portanto, procurar elaborar as perdas menores do cotidiano pode nos preparar para acontecimentos mais difíceis.
Outro grande fator de recuperação, segundo Boris Cyrulnik, é o apoio que as pessoas recebem num momento difícil. Quanto mais se sentem amparadas durante e imediatamente após a situação de dor, melhor será sua resposta.
Ajuda também nesse processo ter experimentado vínculos afetivos anteriores satisfatórios, sejam da família, sejam de amigos ou de um grupo. “Nesse caso, o sofrimento pode ser bastante atenuado”, afirma Cyrulnik. “As recordações que temos das ligações afetivas com alguém que nos amou muito influem enormemente na recuperação, mesmo que elas venham da tenra infância”, diz ele.
Quem foi muito amado costuma reagir melhor às perdas e traumas porque elas não parecem ser totais e absolutas.
“Temos outras referências internas de amor e afeto em que nos apoiar”, diz.
Existe um lastro afetivo que nos segreda que elas são possíveis de serem superadas.
Em resumo, esta é uma das razões por que as reações emocionais diante do mesmo tipo de acontecimento variam de pessoa para pessoa: cada um vem com uma mochilinha diferente nesta vida, e dela fazem parte vivências anteriores.
Influem também características de personalidade e jeitos diversos de se expressar: as pessoas podem sentir profundamente sem se expressar na mesma proporção ou pouco sentir e fazer um escândalo.
O coração alheio é terra que não se conhece e ninguém pode julgar ninguém.
E quem não foi muito amado na vida ou não treinou o suficiente no cotidiano? Vai ter de contar com outros recursos, como procurar ajuda entre amigos e grupos de apoio ou fazer terapia quando a dor ocorrer. Como na vida, querer fazer tudo sozinho nesses casos é sempre mais complicado.

08 novembro, 2010

Andando por NY - 6

Não vou falar das compras em NY, é um capítulo a parte, quase fui a loucura e confesso que faria tudo de novo,rsrsrsr.; bem como dos espetáculos da Broadway, afinal durante estes dois programas nunca fotografava nada primeiro porque comprar requer concentração total e segundo porque nos espetáculos nehuma, mas nenhuma fotinho é permitida.
Bom como no primeiro dia estive no Rockfeller  para ver a vista da cidade durante o dia, reservei uma noite para o Empire State, sem palavras é de tirar o fôlego a vista lá do 89ª andar, ainda bem que já estava com a câmera nova porque foram centenas de fotos, na saída eles te oferecem uma foto montagem pela facada de US$ 20 , bem turista...e claro nao resisti.




No outro dia bem cedo fomos a ela a tão famosa Estátua da Liberdade que na minha programação oficial não incluia uma parada e sim apenas uma voltinha em torno dela mas minha amiga me convenceu a ir e nem foi tão difícil assim mudar de idéia.
Não sei se isso acontece com todo mundo mas o tempo todo vc pensa ah é minha primeira vez aqui e não sei quando terei a oportunidade de voltar  então porque não desfrutar de tudo e assim vai , na base do eu mereço e depois a gente dá um jeito na fatura do cartão.
O tempo estava maravilhoso, com um ceu azul turquesa perfeito! O contraste com a estatua estava incrivel, e a vista  maravilhosa .Da pra imaginar quantas zilhoes de fotos tiramos…
Ela é realmente  imponente, não?!
Tire uma manhã para visitar a Estátua da Liberdade. Ela fica numa pequena ilha em frente à cidade, e as barcas que vão até lá partem do Battery Park, no sul de Manhattan. Mais do que nunca este monumento simboliza a Liberdade. E mais do que nunca New York City continua sendo New York City!

Várias coisas ficaram para trás nesses posts , a verdade é que agora me arrependo de não ter escrito num pedaço de papel mesmo um pouquinho por dia porque acabei deixando de contar várias coisas que fiz como os passeios em West Village ( local do Friends and Sex and City), as lojas do Soho, o shopping em Columbus Circle, as atrações do domingo no Central Park, a noite na Broadway, os deliciosos restaurantes que estive, o mundo a parte dos ricaços de Upper East Side, as inúmeras surpresas que você acaba encontrando ao andar pela cidade.
Big Apple, a Cidade que Nunca Dorme, Capital do Mundo, Melting Pot City, Gotham City ou Empire City são apenas alguns dos apelidos dados à New York City.
É sempre um lugar que oferece um milhão de coisas para fazer, seja qual for o seu gosto ou preferência. Para uma boa orientação do que está acontecendo no momento, compre uma das diversas publicações especializadas. Elas trazem a relação atualizada de eventos, shows, teatros, exposições, concertos, dicas turísticas, etc que acontecem na cidade a cada semana, junto com os locais e preços. A Big Apple Visitors Guide é uma das mais completas do gênero.

Andando por NY - 5

Outra parte que recomendo conhecer é Wall Street e  Ground Zero ( ex torres gêmeas) , por hora tudo está cercado por tapumes pois estão construindo uma nova torre.
Há uma concepção artística de um dos projetos pretendidos para serem construídos no local onde estavam situadas as torres do World Trade Center. Batizado como Freedom Tower (Torre da Liberdade) este projeto prevê uma torre com 1776 pés - cerca de 500 metros  - de altura, homenagem ao ano em que os Estados Unidos conquistaram sua independência. Pelo projeto serão construídas também três outros grandes prédios, duas estações de metrô, terminal rodoviário, museu, parque e memorial em homenagem às vítimas do 11 de setembro.  No entanto, constantes disputas e desavenças entre projetistas, autoridades governamentais e parentes das vítimas tem atrasado sucessivamente o desenvolvimento do projeto, e não se sabe ainda qual será a forma definitiva da construção, nem quando o conjunto deverá estar concluído. Ground Zero, como é chamado, continua atraindo turistas e curiosos, que no entanto só encontram no local um grande espaço de obras rodeado por imensos guindastes.
 Li vários blogs que falavam sobre a emergia sinistra do local , os ares de tristeza, bom a minha auto estima por estar viajando estava tão lá em cima que acho que ao invés de sentir me meio down deixei um pouco da minha alegria por´lá.
Como mencionei não há quase nada a ver, a área está cercada por tapumes já que irão construir mega torres novamente, mas vale a visita; há e bem perto dali fica a Century 21, uma loja baratinha e muvucada mas com paiência você acaba encontrando boas pechinchas.
Em Wall Street  dá  para admirar todos aqueles prédios incríveis, tirar umas fotos em frente a stochange (1ª foto do post), conhecer o famouso touro, símbolo de wallstreet, se quiser boas fotos com ele chegue cedo , por volta das 8 , depois é impossível ter o touro por inteiro  ainda mais se você der o azar de cruzar com um grupo de turistas japoneses ou indianos.
Por entre os ínumeros endereços do circuito financeiro de NY de repente me deparei com uma loja da famosa joalheria Tiffany; não se intimide; ainda que não vá comprar nenhuma peça como eu; vale uma visita e o segurança super simpático ainda me liberou várias fotos do interior da loja.
Saindo dali dá para rumar para a Brooklyn Bridge, compre uma garrafa dágua e fôlego, é uma longa caminhada, que vc pode deixar para o final da tarde pois fotografar o por do sol do outro lado ou seja no Brooklyn é espetacular.
Outra opção são alguns barcos para passeios de aproximadamente uma hora até o  outro lado da margem, como eu enjôo fácil em embarcações  me restringi a fazer este passeio apenas para a estátua da liberdade que vale um outro post.
Como falei anteriormente e e minha amiga Loren fomos fotografar a ilha de Manhantan no por do sol, do outro lado há dois pequenos parques  e alguns bancos privilegiados que te oferecem um espetáculo de vista, com a possibilidade de fotografar o por do sol em tonalidades mil.
Lá conheci um fotógrafo cubano que nos deu várias dicas , ele vive da fotografia em NY e sabe extamente o horário em que as fotos ficam ainda mais bonitas, ah não esqueça de levar um moleton, estive lá em  pleno verão mas o anoitecer a beira do rio é a maior ventania  e gélida.
Como era próximo do 11 de setembro dois flashes de luz foram acesos no lugar que deveriam estar as torres, dá para ver bem na foto ao lado.

Andando por NY - 4

Bom ir a Nova York e não desfrutar dos museus é um pecado então comecei pelos tradicionais como o Museu de História Natural , que é gigantesco e absurdamente interessante, a começar pela beleza da entrada , poderia ficar por ali horas ....a sensação é de que o aprendizado começa por ali, algo que não saberia explicar e é totalmente ilógico mas irradia no ar a sensação de que tem um mundo de coisas a explorar e saber que ainda sei tão pouco não me faz se sentir pequena mas sim aguça minha curiosidade pelo novo. 
Nele  encontra-se um impressionante coleção de dinossauros, mamutes e seus primos, além de borboletas, plantas, plantas, peixes, exposições de roupas e utensílios de várias culturas do oriente e ocidente, bem como tudo aquilo que faz a gente até esquecer que estamos num museu.
Passagem obrigatória também pelo Metropolitan Museum, e deixar de lado seus preconceitos por museu, a visão que nós brasileiros temos de museu é se algo chato e entendiante, mas imagine só vc ter uma oportunidade como as crianças americanas de ter suas aulas sobre o período mezozóico ou a história dos gregos e romanos admirando cada uma daquelas obras, creio que muitos como eu gostariam mais de história e geografia à obvia matemática.
 E complete o roteiro cultural conhecendo ainda o Guggenheim Museum, que com seus seis andares e sua escada em espiral já se transformou num dos ícones de New York.
Não recomendo conhecer vários museus no mesmo dia por serem extensos então é interessante fazer um por dia  pois por mais desinteressado que você seja pelo menos duas horinhas  a gente acaba ficando por lá.
Como estes posts andam muito atrasados vou acelerar e falar aqui também sobre a Grand Central Station, cenário de fundo para vários filmes e seriados americanos; Gossip Girl por exemplo tem sua abertura na badalada estação de trem. A estação é bonita, bem cuidada e  em seus corredores além de algumas lojinhas há um pequeno mercado central com especiarias de deixar os amantes da gastronomia com água na boca.
Aliás essa é uma experiência que não desfrutei em NY ; poder cozinhar com os ingredientes locais e experimentar novos sabores by myself; uma pena.
A Grand Central (foto acima)é o  terminal ferroviário mais importante da cidade, mas que na verdade é muito mais que somente uma estação de trens. Inaugurado em 1913, o prédio impressiona pelas dimensões e decoração de seu hall central; tem ainda diversos restaurantes e um enorme food hall no subsolo.

Outra parte que recomendo conhecer  é Wall Street , Fulton Market, Brooklin Bridge, Pier 17, e o por do sol do outro lado da ponte onde é possível ver toda a parte sul da ilha de Manhatann.
A imagem ao lado foi feita no Pier 17, antigo galpão do porto da cidade, situado entre lower Manhattan e o Civic Center. O prédio agora abriga um shopping de três andares. Vale visitar também nas proximidades o museu, apreciar os prédios históricos, o Titanic Memorial Lighthouse, que homenageia o famoso navio, e escolher um entre as dezenas de bares e cafés da região para um lanche. Depois aproveite para conhecer o Fulton Fish Market, situado logo abaixo do pier.

O Pier 17 é famoso também por proporcionar a melhor vista da ponte mais importante de New York, a Brooklyn Bridge, que liga Manhattan ao Brooklyn. Mas bom mesmo é atravessar o rio Hudson e desfrutar, do outro lado, da melhor vista de New York.
Pegue um táxi, metrô, bicicleta ou vá a pé (há passarelas separadas), seguindo até o parque situado aos pés da ponte. Com certeza você já viu muitos cenas de filmes rodadas neste mesmo local. A vantagem deste parque é que ele raramente está cheio, como o Central Park. A ponte Brooklyn, construída a partir de 1883, levou 16 anos para ficar pronta e é considerada um marco da engenharia mundial; passeio imperdível.

29 outubro, 2010

Dance into the light

a melhor música da noite........
http://www.youtube.com/watch?v=9B6wST36Bi8

Breathe (2 AM) - Anna Nalick

2 am and she calls me 'cause I'm still awake
Can you help me unravel my latest mistake
I don't love him, winter just wasn't my season
Yeah, we walk through the doors, so accusing their eyes
Like they have any right at all to criticize
Hypocrites, you're all here for the very same reason!

'Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass, glued to the table
No one can find the rewind button, girl
So cradle your head in your hands

And breathe, just breathe
Woah breathe, just breathe

May he turn 21 on the base at Fort Bliss
Just a day, he sat down to the flask in his fist
Ain't been sober, since maybe October of last year
Here in town you can tell he's been down for a while
But, my God, it's so beautiful when the boy smiles
Wanna hold him, maybe I'll just sing about it

'Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass, glued to the table
No one can find the rewind button, boys
So cradle your head in your hands
And breathe, just breathe
Woah breathe, just breathe
There's a light at each end of this tunnel
You shout 'cause you're just as far in
As you'll ever be out
These mistakes you've made, you'll just make them again
If you only try turning around
2 am and I'm still awake, writing a song
If I get it all down on paper
It's no longer inside of me, threatening the life it belongs to
And I feel like I'm naked in front of the crowd
Cause these words are my diary, screaming and loud
And I know that you'll use them, however you want to
'Cause you can't jump the track
We're like cars on a cable
And life's like an hourglass, glued to the table
No one can find the rewind button, now
Sing it if you understand
And breathe, just breathe
Woah breathe, just breathe
Woah breathe, just breathe.

24 outubro, 2010

Batizado Lucas

Sábado 23 de outubro de 2010

Somente após o batismo deixamos de ser criatura e viramos filho de Deus!!! essa frase é o óóóóóó´mas foi dita pelo padre em alto e bom tom a todos os presentes na missa; mensagem que é passada pelo   catolicismo, a despeito de qualquer crítica tenho certeza que no íntimo o padre sabe a bobagem que fala mas faz parte do conservadorismo católico e a gente dá um desconto; depois não entendem porque seus pobres filhos abandonam a Igreja e só voltam anos mais tarde para o casamento.
Me fez lembrar o teólogo Rubem Alves, quando seu filho lhe pediu para realizar o batizado da neta; então ele respondeu meu filho para fazer o batizado é preciso acreditar e ele não acreditava mais, há muitos anos que as palavras dos sacerdotes e pastores se esvaziaram para ele, embora ainda fascinado pela beleza dos símbolos cristãos desde que contemplados em silêncio.
Tenho pena das crianças, se para um adulto já é difícil ficar duas horas escutando uma missa , que pensar em tão de frágeis bebês e crianças que usam fraldas, mamam de hora em hora, querem dormir ou então brincar, se tudo evolui então porque não se adequar a necessidades tão básicas dos pequenos??
A parte boa foi ver nosso pimpolho feliz curtindo sua festinha e seus pais vivenciando mais uma etapa na vida do filho.
Em meu coração sinto que cada um de nós vai dizer o seu nome Lucas  muitas vezes então
Preste bem atenção
O nome é um só
Mas cada um vai dizê-lo com uma música diferente.
Porque são muitas e diferentes as formas como você é amado
E assim, iluminado pela luz das velas de cada um dos presentes, olhando bem dentro dos seus olhos podemos cantar
o Lucas já foi batizado, o Lucas já foi batizado..... ao som do violão na igrejinha....

15 outubro, 2010

Andando por NY - 3

Já faz tanto tempo que não estou mais conseguindo lembrar o que fiz, mesmo olhando para as fotos me perco no meu roteiro, deve ter sido um daqueles dias de alucinação em meio a compras e mais compras, ai que saudade desse remédio tarja verde que faz a gente esquecer da vida, é uma verdadeira Disney para adultos.
Pelas minhas fotos deve ter sido a  primeira das inúmeras visitas que fiz a Macy´s, uma loja que ocupa um quarteirão e tem sete andares demanda vários dias de visita!!!

Se Nova York é uma cidade plana e organizada então basta andar para se esbaldar com novidades pelo caminho, de repente vc se depara com a sede do famoso New York Times


E num quarteirão bem próximo dali me deparei com essa mostra de simplicidade e ao mesmo tempo irreverência, uma simples agulha num botão !
E como não se encantar quando você adentra a New York Public Library, a segunda maior bibllioteca da América do Norte, em 2008 ela continha quase 45 milhões de itens entre livros, mapas e itens de pequisa.Uma pena estar sendo restaurada, nenhuma foto  ficou legal, todas poluídas.



12 outubro, 2010

Andando por NY- 2

Primeiro dia na cidade, ao chegar no hostel deixei as malas e saí para explorar a cidade pois só poderia entrar no meu quarto após o meio dia. Resolvi bater perna afinal com tanta ansiedade e pilhada como estava era melhor achar um jeito de descarregar a adrenalina apesar das 28 horas sem dormir.
Primeira parada Times Square, fantástica, aqueles painéis são incríveis , e a multidão de diversas localidades se mistura numa profusão de diferentes idiomas e culturas.

Saindo dali passei pelo Radio City Music Hall
Comprei a entrada para Rockfeller Center , e thanksgod meu cartão funciona perfeitamente, já pensou estar aqui e não poder fazer comprinhas ou se divertir por falta de din din
A vista lá de cima é espetacular, a melhor parte: o Central Park

A essa hora já estava com os olhos queimando de sono mas não queria parar para descansar e como estava por perto resolvi passar na Catedral de Saint Patrick, uma pena estarem reformando a fachada então nenhuma foto ficou muito legal, o interior da igreja  me emocionou muito e resolvi parar um
pouco para agradecer a oportunidade única de estar naquela cidade.

Todas estas atrações já eram parte do meu planejamento de viagem , a surpresa do dia ficou por conta do Bryant Park, um parque pequeno de aproximadamente uma quadra próximo a quinta avenida,um encanto, não poderia ter ficado mais feliz, mas essa é NY  e foi assim a viagem inteira quando  achava que já tinha visto a coisa mais bonita pronto ! me surpreendia por outro local ainda mais encantador.
O pequeno e charmoso Bryant Park:



11 outubro, 2010

Sessão Cinema

Nas últimas semanas finalmente estreou o filme Comer, rezar, amar com a simpática e não menos talentosa Julia Robert, com público majoritariamente feminino curtimos na telona as deliciosas e traumáticas experiências da personagem em seu ano sabático nos três países que ela decide percorrer .
Li o livro há uns dois anos, e agora ando devorando o segundo livro de Elizabeth Gilbert :Committed que também é bem gostoso de ler.
Apesar da estréia de Tropa de elite 2, fiquei no final de semana com Coincidências do Amor que cumpre direitinho a cartilha do sentimentalismo, enquanto os personagens tentam consertar sua vida amorosa aliviam as lamúrias da modernidade como a falta de sensibilidade do mercado financeiro de Wall Street e o prazo de validade da maternidade.
Pode ser água com açúcar mas em tempos de realidade brutal noticiada todos os dias nos jornais e na mídia prefiro me distrair no final de semana com algo mais light do que a fúria do Bope.
Agora para fechar com chave de ouro revi meu filme preferido dos últimos ano, ontem reprisou na HBO o delicioso Julia e Julie, meu sonho de consumo para um ano sabático :  viajar e cozinhar!!!

06 outubro, 2010

Café com Leite - por Cecília Russo Troiano

Recentemente me deparei com essa imagem emblemática e muito significativa de uma época do feminismo. Para quem não conhece, este poster se chama Rose the Riveter e foi um ícone do feminismo durante a Segunda Guerra Mundial. Foi usado para elevar o moral das mulheres que, pela primeira vez nas suas vidas, se tornavam parte integrante da força de produção americana, para compensar a falta de mão de obra provocada pela ida de soldados para a guerra. Claramente era uma demonstração de força, determinação e capacidade igual a dos homens para enfrentar os desafios daquele momento histórico. Super bacana e louvável, principalmente para a época.
Também na  mesma semana, um amigo me contou uma história que me deixou chocada e  envergonhada de nossa postura feminina, ou melhor, a postura de algumas (espero poucas) mulheres. Estava ele no aeroporto do Rio tentanto há mais de 20 horas embarcar para São Paulo. Como muitas vezes acontece, o Santos Dumont foi fechado pelas condições climáticas e teve os vôos cancelados. Pobres passageiros, tiveram que esperar o dia seguinte. Esse dia chega, aquela confusão habitual e a companhia aérea informa que juntarão vôos e que há mais passageiros do que assentos! Todos exaustos e desesperados para retornar para casa, já dá para imaginar o que essa informação provocou: zona total.
Na busca de uma “regra” para definir quem teria prioridade de embarque, uma passageira sugere, na maior cara dura:
“mulheres e idosos antes dos homens”!!
Imaginem essa frase, no ano de 2009, vinda da boca de uma mulher de 30 anos!
Ou eu estou louca ou as mulheres armam suas próprias armadilhas?
Quando convém, queremos ser fortes, ser remuneradas como os homens e chegar ao topo das empresas. Em outras horas, também por ser mais conveniente, queremos ser frágeis e ter preferência de entrada no avião?
 Assim não dá!
 Essa indefinição, ou posso até dizer abuso, nos faz parecer anos atrás do poster da Rose!
Mas, para tranquilizar a todos, enfim uma boa notícia: meu amigo apenas perguntou para essa passageira se ela era gestante. Ao ouvir um não, literalmente mandou-a se juntar aos demais passageiros para definirem um critério verdadeiro.
Ser café com leite não é mais coisa de mulher, aliás, acho que já não é mais desde os tempos da Rose the Riveter.

05 outubro, 2010

Andando por NY - 1

Como eu e meu pai adororamos aeroportos, chegamos em Cumbica com 5 horas de antecedência do vôo, andamos pelas lojas, observamos a diversidade dos turistas, malas e sotaques, e nos deliciamos observando as partidas e chegadas dos aviões internacionais.
Impressionante como voar encanta o ser humano, meu pai conta que quando adolescente tinha anseios de ser piloto, fez teste,cursinho, mas por conta de um pouco de astigmatismo não conseguiu avançar no processo.
Hoje ele não viaja de avião a menos que seja absolutamente necessário pois tem pavor de ficar nas alturas, dá para entender? Memso assim o fascínio de vê-los decolando ou aterrisando permanece.
Bom nessas eu desencanei e entrei para o embarque  apenas uma hora antes do vôo, e claro quase me ferrei porque a operação tartaurga da polícia federal estava em ritmo devagar quase parando,faltavam 20 min para o vôo sair qdo consegui entrar no avião, nem preciso comentar como fiquei tensa, já pensou pegar só o próximo  vôo e perder um dia na viagem...no way!!
O võo foi tranquilo, minha companheira de fileira era uma escritora na faixa dos 70 anos e como ela morava em NY já me deu algumas dicas; apesar de der tomado dois dramins para dormir, eu só cochilei porque a adrenalina em chegar logo estava a mil.
Desembarquei no JFK as 6 da manhã, pequei minhas leves malinhas e sai procurando o shuttle, que foi super simples porque eles ficam próximos a área de desembarque e o hostel onde me hospedei é bem conhecido.
O aeroporto JFK é imenso, só a Americam Airlines tem mais de trinta portões de embarque ,John F. Kennedy, situa- se  na seção sudeste do Queens, na baía Jamaica que fica a quinze milhas da cidade pela estrada de Midtown Manhattan.
Tem um tamanho equivalente a 4.390 acres,  mais de 30 milhas de estrada e está 4 m acima do nível do mar ,além de empregar 35.000 pessoas .
A alfândega americana começa a trabalhar as 6 então fomos os primeiros vôos a passar o que sorte ou não também foi muito tranquilo, nenhuma , nenhuma perguntinha sobre nada, só um carimbinho e enjoy your trip!!:))

Dias de marmota

Setembro passou voando e com mil coisas para fazer pareciam dias de marmota eles acabavam e meus planos e lembranças da viagem para o blog foram ficando para depois e depois....
Como eu exagerei nas fotos ainda não consegui editá-las, separar ,e tal então disponibilizei apenas um link para os amigos verem, o projeto do scrapbook está engatinhando a passos de tartaruga, o projeto malhação em frequencia saudável tem consumido as minhas horas vagas mas não vou abortá-lo.
Os posts vão dar uma mudada resolvi pegar o sonho e documentá-lo ou seja meu espírito nômade decidiu gravar tudo sobre viagem no blog,  a idéia  já martelava minha cabeça e um dia desses depois de uma faxina no armário encontrei minhas pastas de viagens, uma porção de recortes, revistas, lugares a visitar e também várias fotos de lugares que já  conheci e dos amigos que passaram por todos estes passeios .
Vai me dar um trabalhão escanear as fotos antigas , da época que não tinhamos as práticas câmeras digitais mas como preciso de um projeto concreto para me entreter enquanto a próxima viagem não chega, achei minha diversão e ao mesmo tempo ocupação mental relaxante.
A próxima viagem já tá marcada mas program´-la com muita antecedência vai me consumir de ansiedade então até lá tenho tempo para registar o que já vivi nos últimos anos.
Como Nova York está fresquinho na minha mente, aliás não sai da minha mente, o que é ótimo pois vivo feliz da vida quando me pego lembrando de tudo que vivenciei por lá; bom por essa razão começarei por esse destino.
Como adoro ler e trouxe vários livros de lá terei que dividir meu tempo entre o blog e a leitura mas com a carga de adrenalina que embarquei nesse projeto pessoal tenho certeza que darei conta dos dois sem deixar o blog as minguas como em setembro passado, até porque se bem me conheço trarei assuntos dos livros para cá.
Embarquei!

04 outubro, 2010

Saudades de Frank Sinatra

http://www.youtube.com/watch?v=sEbgB6X6S5c

And now the end is near

And so I face the final curtain

My friend, I'll say it clear

I'll state my case of which I'm certain

I've lived a life that's full

I traveled each and every highway

And more, much more than this

I did it my way

Regrets, I've had a few

But then again, too few to mention

I did what I had to do

And saw it through without exemption

I've planned each charted course

Each careful step along the byway

And more, much more than this

I did it my way

Yes there were times, I'm sure you knew

When I bit off more than I could chew

But through it all when there was doubt

I ate it up and spit it out

I faced it all and I stood tall

And did it my way

I've loved, I've laughed and cried

I've had my fill, my share of losing

And now as tears subside

I find it all so amusing

To think I did all that

And may I say, not in a shy way

Oh no, oh no, not me

I did it my way

For what is a man, what has he got?

If not himself, than he has naugth

To say the things he truly feels

And not the words of one who kneels

The record shows, I took the blows

And did it my way

22 setembro, 2010

New York

Popularizada por Frank Sinatra , New York..New York a música começa assim:

Start spreadin' the news, I'm leaving today
I want to be a part of it: New York, New York."

e termima com:

"If I can make it there, I'm gonna make it anywhere,
Come on come through, New York, New York."

A surpreendente viajante aqui sequer teve vontade de acessar a net e postar alguma coisa no blog durante a estadia ,a cidade tem tantos encantos que mergulhei num ritmo alucinante de turista durante 18 horas por dia,  aliás passados 10 dias que voltei ao Brasil finalmente começo a colocar o pé no chão depois de uma viagem a um dos mais belos e hospitaleiros lugares dos EUA.
Chamam na de Manhattan  my friends e basta uma ligeira aproximação com seus apressados habitantes para perceber o quanto a cidade lhes cai bem.
Apressados mas gentis, e que felicidade e bem estar por viajar cercado de pessoas educadas e receptivas aos seus turistas, a cidade é um dos lugares mais ricos mas não se ve gente esnobe, pelo contrário a atitude amistosa de cada um dos nova iorquinos chega a ser comovente. O país passa por uma recessão cruel e sabe que parte da sua economia ´´e beneficiada pelo turismo de milhares de estangeiros que desembarcam por lá todos os dias e eles conhecem muito bem a sutileza da excelência em prestação de serviços, o atendimento é impecável de fastfoods a restaurantes sofisticados bem como de lojas de departamentos a grifes exclusivas da quinta avenida, claro que adorei tanta paparicação .
Credito a contradição entre os arranha céus e a beleza de seus parques o encanto por essa cidade tão cosmopolita.
A cidade é luxuriante, o metrô funciona , os ônibus são espetaculares, ruazelas arborizadas estão por todo canto, a cidade é limpa, o ar fresco e há sempre aquele vento delicioso trazido pela brisa do oceano as margens do rio Hudson.
A vista dos arranha céus seja o Empire State ou o Rockfeller Center é deslumbrante, de dia, ao entardecer ou a noite a cidade brilha e encanta todos os tipos de viajantes, um ouvido atento certamente não deixa passar desapercebido os múrmurios de encantamento diante da pirmeira olhadela quando você estiver no 87º andar e se deparar com a vista, é de tirar o fôlego.
Ainda não conheço muito do mundo mas o ponto de partida certamente ficará como um grande incentivo as viagens que ainda estão por vir, e eu confesso não fosse essa minha vocação nômade  optaria facilmente por viver naquela cidade.
No mais o que tenho a dizer é que viajar e encontrar gente de espírito desarmado, acolhedora e sempre disposta a fazer os viajantes provarem seus encantos de metrópole é imperdível, o grande desafio é arranjar tempo para desfrutar de tudo!!

20 setembro, 2010

Oráculo

Amigos distantes podem trazer tanto aconhego quanto os mais próximos, são como bálsamos na alma e a certeza de que plantamos sementes de amor pelo caminho.
Semana passada parecíamos estar juntos como antigamente no quintal da casa da Bia, só que o papo rolou mesmo nuns 30 emails que trocamos em menos de dois dias, para variar todo mundo falou e ouviu de tudo e de geração Y do Marcinho a bullets e poesia eu recebi esse recadinho fofo da minha ex chefinha e mestra em filosofia.
Fizemos nosso próprio oráculo e como sempre a melhor terapia que pode existir é quando vc sabe que pode contar com seus amigos para escutar seus desejos e confissões.Saudades, Clau

15 setembro, 2010

Profissonal profissional ou mãe profissional

e quem somos afinal?
caminho sossegada por esse território mas não alheia as inúmeras conversas das mamães atuais então....
esse assunto as vezes vem na cabeça  e é um assunto difícil porém central pelo menos para várias mulheres.
quem eu sou?
o óbvio, a resposta intelectual e analisada, é que somos uma combinação de várias coisas, e não uma só. mas convenhamos, não é assim que vemos a nós mesmos. bom, pelo menos não me vejo como essa manta linda de patchwork, com cada pedacinho ou faceta cumprindo seu papel na tecelagem da minha vida... eu me julgo e rotulo, sou parcial e muito pragmática.
honestidade? me defino pelo meu trabalho, sou a mais perfeita tradução (e clichê) do mundo pós-industrial e capitalista.  sou o que faço, o que entrego, o quanto dou de resultado. o que no meu caso é um arranjo sensacional, pois sou bem-sucedida na carreira, aliás tive o privilégio de poder escolher qual delas, e dou um resultado enorme. e de quebra, adoro meu trabalho. pensando bem, não deve ser exatamente à toa que preferi me definir basicamente pelo meu lado profissional, não é mesmo, minha gente? ;)
fiquei 2 semanas sem trabalhar (resolvi desfrutar e viajar), e foi interessante observar como o não trabalhar/não "entregar coisas" , o não ser necessária foi também delicioso, porque tenho a facilidade de me desplugar imediatamente assim como ser centrada em segundos quando necessário.
sempre critiquei mulheres que se dedicam exclusivamente aos seus filhos e marido, porque creio que isso cria uma falsa sensação de ser necessária, o "centro da família", que tem prazo pra vencer. os filhos crescem e vão embora (se a doida deixar, né. senão vira um encosto na vida dos filhos, tá cheio por aí), o casamento eventualmente acaba (até porque mães profissionais não investem no relacionamento com o marido, afinal já casaram e pariram) e elas aos 60 anos se vêem sozinhas e sem propósito. absolutamente compreensível que pirem na batatinha e se sintam péssimas. as que têm sorte continuam casadas, mesmo infelizes, ou são ricas; as azaradas se pegam sozinhas, sem profissão, sem propósito na vida, e sem dinheiro. muito, muito medo.
mas aí fiz um exerciciozinho: qual é exatamente a diferença entre a mãe profissional e a profissional-profissional?
 a diferença infelizmente é pequena (embora seja significativa do ponto de vista prático): a profissional-profissional provavelmente terá independência financeira e algo pra se ocupar.
me preocupa mais o que é igual nos dois casos, a uni-dimensionalidade (afe, inventei) do meu ser. sim, eu faço muitas coisas, sou muitas coisas, é fato. então por que atualmente muitos se deixam envolver tanto por apenas um dos aspectos da vida?
 o tempo que gasto com meu trabalho (não só dentro do escritório, mas pensando nele) é equilibrado  comparado ao restante da minha vida., e não dou mais importância ao trabalho que à minha família, amigos e a mim mesma porque num determinado momento da vida resolvi descer do pedestal que o mundo corporativo me levava para vivenciar esse equilíbrio.
tinha um bom trabalho, um ótimo salário, altos conhecimentos intelectuais, mas não tinha paz de espírito, era um atropelo só de deliverables e schedules sem fim, sem falar na imensidão de números que rondavam minha mente.
hoje consigo equilibrar bem minha dedicação às suas várias atividades, escrever para mim mesma é apenas uma delas.
me pergunto: será que essa dedicação, paixão e comprometimento apenas com o trabalho, em tantas pessoas, não é simplesmente uma fuga, uma válvula de escape pra compensar aspectos negligenciados da m vida?
afinal, se como profissional  as pessoas se sentem poderosas (o que nem sempre acontece como esposa, amante ou amiga), então querem ficar neste "modo" o máximo possível.
melhor continuar investindo onde dá certo, ao invés de arriscar fazer besteira.....

a maternidade uma nova variável  na vida de muitas amigas pode balançar algumas estruturas,  ser mãe vai  bastar? e encantar a ponto de querer parar de trabalhar?
 pode também adicionar mais uns goles de culpa por mais falta de tempo que já andava escasso?!
da mesma forma que não acho saudável ser mãe-profissional, também não acho legal ser  só  profissional-profissional.
mudei minha vida há alguns anos para ser mais que isso, quero de verdade conseguir na maior parte do tempo, balancear melhor os vários aspectos da minha vida e personalidade, e poder deixar algumas dessas coisas de lado de vez em quando sem me sentir vazia ou inútil., quero poder ficar 6 meses fora do trabalho sem culpa, e quero também poder um dia tirar férias do meu futuro filho sem culpa.
é, esse é mais um daqueles posts sem conclusão. minha conclusão no fundo é que com a maturidade dos 35, ganhei a oportunidade de, mais uma vez, me reinventar. nos próximos anos, quero me dedicar a ser eu mesma mais auto-sustentável, menos egoísta e mais serena  de verdade.

29 agosto, 2010

Família, todo amor do mundo

Meus velhos, meus mestres, passamos anos cultivando estereótipos deles de heróis e rainhas  do lar. Até que um dia seu pai herói começa a virar resmungão e repete vários assuntos já contados. A rainha começa a ter dificuldades de lidar com tantos afazeres e dá para implicar até com os móveis agora pesados demais.
O que pais e mães passaram de uma hora para outra?
Nossos pais envelheceram, mas nunca nos preparamos para isso, continuamos nos apegando na ilusão de que estarão por lá como nosso porto seguro.Quando um belo dia eles perdem o pique, ficam mais vulneráveis e adquirem manias bobas nos queixamos.
Nossos heróis estão cansados de cuidar dos outros e servir de exemplo precisam ser cuidados e mimados por nós filhos que tanto recebemos deles, e muitas vezes eles até dão indiretas de que precisam de carinho através de uma chantagenzinha emocional.
Eles tem muita kilometragem rodada, não fazem mais planos, aproveitam cada momento entre os seus porque amam tanto seus entes que as vezes a sensação de felicidade não cabe no peito.
Meus pais estão com manchas na pele, com dores pelo corpo mas não estão caducos, caducos somos nós que relutamos em aceitar o ciclo da vida.
Preciso aceitar com paciência suas dificuldades com o celular, a internet, e muitas vezes insisto em não admitir suas fraquezas, seus desânimos, é duro admitir que meus heróis não são indestrutíveis.
Após uma certa idade eles adquiriram  um ritmo mais lento, e essa minha intolerância a algumas de suas atitudes só pode ser medo, medo de perdê-los, de enfrentar essa enrascada que é a passagem do tempo, aos que me ensinaram a tirar proveito de cada etapa da vida, aos meus alicerces com os quais sempre posso contar, e que infelizmente um dia partirão .
Que os anjos nos acompanhem sempre,  que eu possa fazer o melhor por voces  mostrando que sua dura tarefa de amar e educar fez de mim um ser humano melhor que desfruta as oportunidades da vida com base nos ensinamentos de Jesus.
Pais queridos e irmãs, vocês iluminam  minha vida . Que eu possa ser um ser humano maravilhoso assim como vocês sempre foram. E que por onde estivermos  levemos  amor e alegria a serviço do bem maior.
Amor ,
 sua filha

26 agosto, 2010

Sexismo emburrece

Esses dias li um artigo e deu vontade de escrever sobre tanta coisa que nem sei o que vai sair desse post , acho que para lá de disperso em conteúdo.
O artigo era sobre sexismo, palavra que  também não sabia exatamente o significado e  descobri que muito embora não me considere preconceituosa quando se trata de gênero, há uma parte de mim que é sexista afinal  ainda sou muito egoísta  e acho que algumas tarefas cabem melhor  para cada sexo, além de acreditar que as inclinações baseadas em gênero são realidade.
Acredito  que o gênero determina alguns comportamentos ou tendências, por exemplo: violência no sexo masculino e melhor capacidade de comunicação verbal do sexo feminino ,  tais comportamentos diferem de acordo com o gênero, por vários motivos.
Suponha que aceitemos como fato que as mulheres são melhores em comunicação verbal e piores em posicionamento espacial; isso não significa que todas as mulheres falam bem e péssimas motoristas, necessariamente, então  dentro da maioria há também gradações, e há as exceções; além disso, mesmo nos casos de inclinação típica (dificuldade com posicionamento espacial, por exemplo), há a possibilidade do desenvolvimento para superação desta forma mesmo uma mulher "típica" pode sim se tornar muito boa em posicionamento espacial, com treinamento e dedicação.
Resumindo a despeito das  inclinações de gênero, acho que isso não é  determinante ou final no comportamento ou nas habilidades de alguém,  justamente a capacidade do ser humano de superar a si mesmo e se adaptar é que o faz tão bem-sucedido como espécie.
Entretanto admito que posso ser considerada sexista por alguns e esclarecido esse ponto, sigo adiante pra explorar alguns pontos do artigo que li.
Já perceberam como crucificam uma mulher traidora muito além do homem traidor ?
As mulheres são invejosas, mentirosas e, no fundo, todas vagabundas. a que foi traída é uma bruxa, a que traiu é puta; os homens só estão fazendo o papel deles: se comportando como machos no pior estilo malandrão :" ué. minha mulher é uma chata , mocréia e a vizinha quer dar pra mim!" "Tenho mais é que comer."
O artigo em questão cita o caso Eliza e o estupro de uma garota por 3 rapazes em SC, e ambos os casos têm um problema comum: o julgamento das vítimas (em negrito bem forte) na sua condição de mulher como forma de amenizar ou explicar o crime; as pessoas (homens e, vergonhosamente, mulheres também) citam imbecilidades como o fato da primeira ser atriz pornô ou coisa que o valha como justificativa pro crime, sim. No caso da segunda, vocês vão achar comentários do tipo "mas o que uma menina de 15 anos fazia fora de casa às 3h da manhã na casa dos meninos?"
A profissão ou comportamento sexual da primeira dá aval pra matá-la, é isso?
E a segunda estar acompanhada de 3 rapazes às 3h da manhã os autoriza a estuprá-la?
Sei que as perguntas parecem óbvias, mas acredite: não são!
Os comentários da audiência demonstram claramente que achamos sim que se essas mulheres tivessem se comportado como as mulheres devem se comportar, nada disso teria acontecido; sim, achamos que a culpa é delas.
Então meu lado racional pensará então existe uma inclinação masculina para a violência e agressividade sexual (no limite, o estupro)? infelizmente acho que existe, sim.
 Mulheres com comportamento sexual mais agressivo ou liberal criam mais oportunidade para serem "atacadas"? talvez sim.
Isso significa que elas devem ou merecem ser atacadas, que estão "pedindo"? NÃO, NÃO e NÃO.
Não somos bichos, sabemos o que é certo ou errado dentro do contexto social e temos que respeitar as regras, por mais que nosso desejo ou instinto nos digam o contrário. Caramba, isso é BÁSICO é por isso que este tipo de violação  é considerado CRIME.
É inaceitável até sugerir que o comportamento dessas mulheres de alguma forma ameniza os atos cometidos. é perverso, nojento.
Mas o mais perverso e nojento é que somos ensinados (e continuamos repetindo esses ensinamentos) inclusive pelas nossas mães que é assim que funciona, aos homens cabe execer seu papel de caçador de donzelas ou experts, e às mulheres cabe se manter na "clausura" e de preferência não deixar os moçoilos perceberem que ela também tem desejos.
 Temos que nos fingir de mortas, sob o perigo de passar a "mensagem errada" e enfim "ter o que merecemos;. aos meninos estem devem ser sexualmente agressivos e nunca perderem  uma oportunidade (não importa se está a fim, se o conteúdo não apetece...); as meninas devem se preservar e tomar todo cuidado, porque afinal não têm o direito de dizer NÃO???
Impressionante e triste o quanto somos atrasados e primitivos na educação sexual; alguém já viu pais discutindo com seus filhos homens como se relacionar com mulheres?
 Como dar prazer a elas? Como respeitar as diferenças entre os sexos?
As conversas dos pais com suas filhas é mais triste ainda. por mais que tenhamos "evoluído" e hoje os pais pelo menos falem com seus filhos a respeito de sexo, repetimos preconceitos; os pais falam aos filhos sobre proteção (doenças e gravidez) e talvez sobre reputação (com diretrizes invertidas para os 2 sexos); não conheço quem fale sobre relacionamento,prazer e  principalmente respeito, se existem são uma ínfima minoria.
Para a grande maioria, sexo é forma de dominação e/ou libertação; o prazer físico, o desfrute das sensações e do outro é absolutamente secundário; estupro não é prazer, é demonstração de poder; traição também pode ser o uso do sexo como vingança, compensação, infelizmente  o que fizeram com a Eliza foi mais que simplesmente dar sumiço - há um componente fortemente sexual na história, que obviamente nada tem a ver com prazer.
Daí usar gênero ou sexo como desculpa ou arma é triste, demonstra o que somos e o quanto estamos atrasados, neste aspectos estamos próximos dos nossos parentes chimpanzés;  cada vez que validamos comentários desse tipo, seja na internet ou no dia a dia, regredimos; perdemos a opotunidade de ser melhores, mais evoluídos e quebrar o ciclo vicioso criado pelas gerações anteriores, perdemos a oportunidade de avançar em passos largos como a tecnologia, em aspectos humanos andamos a passo de lesma.
Acredito que podemos mudar esse quadro  mesmo que aos poucos,  ficando atentos não permitindo comentários preconceituosos em relação a gênero de nenhuma espécie, nem ao vivo, nem na internet, nos posicionando quando isso acontece, quando pessoas ao nosso redor soltam frases maldosas e aparentemente inocentes.
Experimente não permitir que seu namorado faça comentários engraçadinhos sobre sua condição de mulher, por exemplo, tampouco aceite comentários de amigos ou amigos de amigos, quando seu pai ou mãe falarem alguma bobagem preconceitosa, responda, seja assertivo com educação e estimule as pessoas a repensarem conhecimentos adquiridos sem qualquer criticidade.
E quando você se pegar sendo sexista, reflita,repense, modifique seu modelo mental, não deixe que as pessoas ao redor de você o contaminem , faça mais: reaja. e reaja como ato de amor, como quem educa um filho.
 A mudança desse quadro triste começa em cada indivíduo.

25 agosto, 2010

Drama de Scarlet O'Hara

No clássico norte-americano ...E o vento levou, Scarlet O´Hara, mulher mimada e imatura, ao ser abandonada pelo homem que a amava mas se cansara de suas leviandades, é deixada sozinha no casarão onde moravam, leva no máximo dois minutos para se lamentar. Depois, enxuga as lágrimas e diz “Agora estou cansada. Amanhã eu penso nisso.” Olhando à nossa volta ou mesmo para dentro, vamos perceber que a ´Síndrome de Scarlet O´Hara´ afeta mais gente do que imagina nossa vã filosofia, até mesmo quem nem sabia que ela existe.
Sabe aquele drama que muitos fazem para conseguir algo, que movem todos ao seu redor para chamarem atenção sobre alguma coisa, que fazem questão de fazerem marketing sobre o quanto trabalham ou estudam, ou seja que precisam exarcebar suas lutas cotidianas por pura carência emocional.
Ou então sobre aquele livro que você tanto queria e finalmente encontrou mas até hoje está olhando pra você lá na sua estante?
 Que há seis meses você se propôs a começar a ler “no fim de semana que vem” e continua adiando o projeto?
Pois é, nem falta de tempo nem de resistência física para abri-lo: é apenas o lado Scarlet O´Hara em ação. Combinar certinho aquele encontro com amigos do peito, sugerido e desejado por todos há tanto tempo, mas sempre adiado com desculpas do tipo “É uma coisa e outra, essa vida corrida, blá blá blá”? Não é só vida corrida, é a síndrome.
Livro se lê em casa, em ônibus, avião ou sala de espera.
 E bastam dois ou três minutos para pensar numa data para o encontro com aqueles amigos e mais três para telefonar e sugerir a data.
 Quando o encontro acontece, todos gostam e se divertem, até se passarem mais seis meses, dois anos ou a vida inteira para se combinar outro. Que pode nunca mais acontecer
Ocasião especial a gente faz acontecer ou fica no prejuízo, ficar esperando pelo melhor dia é ficar para trás.
A leitura, o encontro, a visita, o e-mail para saber notícias do amigo que se mudou para longe, o curso de culinária ou de capoeira, a viagem sonhada há tantos anos, nada disso acontece sem o primeiro passo.
 E para isso, ninguém melhor que o próprio interessado - quando existe mesmo interesse.
Guardar a louça inglesa ou a lingerie para “ocasiões especiais” e usar sempre a mesma louça do diário e as calcinhas e os sutiãs surrados  de todos os dias, ou não arranjar tempo para planejar e executar aquilo que se quer e se pode fazer são desperdícios que produzem uma única vítima: quem nunca aposta nos próprios sonhos.
Todo o mundo tem um lado de Scarlet, mas só o tempo acaba mostrando quem venceu a parada.

20 agosto, 2010

Viajar para viver


Viajar é uma forma de abrir nossa cabeça, pois saímos da zona de conforto. Então como criar um espírito de viajante para aproveitar melhor todas as viagens?
Explorando seu lado criança, ou felino de curiosidade máxima, de interesse pela cultura alheia, de observador aguçado e esquecer o comparativo e as comodidades de sua casa ou de seu país.
Em resumo se abrir ao novo sem reservas.
Viajei  também por obrigações de trabalho, mas também por puro prazer e vontade de aprender, sempre viajei muito.
Estive em vários estados brasileiros – em alguns, várias vezes – e ainda que demore longos anos tenho planos de  explorar o mundo,e quem sabe conhecer a Antártida.
Nessas viagens, conheci, claro, muitas coisas interessantes e outras nem tanto. E estive em lugares de diferentes  tipos. Alguns maravilhosos, outros deploráveis, mas de todos guardo lembranças de experiências que me ajudaram a ser melhor.
E conheci também muitas pessoas interessantes. Tenho uma verdadeira coleção de tipos com quem interagi e que me ensinaram alguma coisa. Lembro- me da história contada por Eugenio Mussak de um senhor de certa idade que sentou ao seu lado num voo internacional. Antes de embarcar, ele havia passado na livraria do aeroporto para comprar um lançamento de seu autor favorito.
Logo que embarcou, tratou  de se acomodar na poltrona, ávido para começar a leitura. Mas, logo após a decolagem, enquanto  ainda estava nas páginas iniciais, notou que o distinto cidadão ao lado estava com o corpo ligeiramente curvado em sua direção e os olhos esticados, tentando ler seu livro. Isso o intrigou e então olhou para ele fixamente.
Ele, então, sorriu meio sem jeito, mas com simpatia me perguntou: – Desculpe, você gosta de ler?
Levou um instante para responder   porque naquele instante  não queria papo, eram os poucos momentos de relax antes de encarar uma reunião chatérrima com fornecedores .
Coincidência ou não, a crônica falava justamente sobre diálogos e  então aquilo quebrou sua resistência.
– Sim, mas não sobre tudo – respondeu, cuidando para, junto com a resposta, devolver o sorriso que o estranho ao seu lado lhe dava.
–  Com certeza, é que gosto de quando as pessoas me recomendam um livro e como também gosto de ler gostaria de uma sugestão para minha próxima compra .O que está achando dele?
– Na verdade, acabei de começar a leitura, mas estou animado. Gosto deste autor porque aborda temas atuais , viagens e tudo com leveza e congruência de opinião.
– Entedi . Eu aprecio livros sobre viagens . Aliás,  gosto de escrever sobre viagens. Você já reparou como os livros que relatam viagens encantam as pessoas?
Aí realmente ele se interessou  pelo simpa´tico vizinho de poltrona, afinal viajar era também um dos meus maiores prazeres e respondeu:
– Nunca tinha parado para pensar sobre isso, mas acho que você tem razão, pois viajar é um forte desejo humano. Além disso, ler um livro é como fazer uma viagem. Tanto a viagem como o livro nos colocam frente ao desconhecido, que é, ao mesmo tempo, excitante e intrigante.
– Sim, praticamente todos os grandes livros são excitantes . Veja o primeiro grande autor, Homero. Na Odisseia, Ulisses, após a guerra de Troia, trata de voltar para casa e inicia uma viagem cheia de aventuras, ao mesmo tempo em que Telêmaco, seu filho, viaja para procurá-lo. Se você pensar bem, verá que essa história poderia ser definida como a viagem de encontro ao destino de cada um.
Estava começando a gostar daquele sujeito . Era bem-humorado, entendia de literatura e ainda fez uma rápida análise psicológica de um clássico. Resolvi cutucá-lo. Se a conversa estivesse boa ele poderia dar-lhe corda, se não, tinha a desculpa de voltar à leitura.
– Camões escreveu algo parecido em Os Lusíadas onde  Vasco da Gama também é protegido por alguns deuses e perseguido por outros. E você reparou que, em ambos os casos, o objetivo final da viagem é voltar para casa?
Fico pensando que será esse  o objetivo de qualquer viagem.?  Voltar para casa.
– Ou voltar-se a si mesmo – continuou ele. – Olhar o exterior para entender melhor o interior. Você tem razão quanto ao destino final.
Veja o caso de a Volta ao Mundo em 80 Dias, de Jules Verne, que parte de Londres com destino a Londres. Ele viaja para o leste e volta pelo oeste. Só que, quando volta, ele é outra pessoa, menos esnobe, mais humilde, melhor. Está apaixonado pela princesa que conheceu na Índia, mas, na verdade, o que aconteceu é que ele desenvolveu uma nova paixão pela vida. Através da aventura e do amor, ele reencontrou o homem que já tinha sido e do qual tinha se afastado em função das convenções e obrigações sociais, muito fortes na Inglaterra .
– Ele volta diferente, melhor do que era antes de partir. A conclusão é que a melhor parte de uma viagem é a volta? – perguntou.
– Não, a melhor parte é o aprendizado.
– Então, em sua opinião, as viagens são tão atrativas por serem metáforas da própria vida?
– Sim , creio que  nosso interior é o território mais misterioso. Mas não estou me referindo ao corpo, e sim à alma humana. E, preste atenção: todos nós nascemos viajantes, mesmo quem não viaja, pois, se pensar bem, você verá que a verdadeira viagem fantástica é a própria vida.
– A verdadeira viagem fantástica é a própria vida… – pronunciou, lentamente, falando consigo mesmo, em uma reação própria de alguém que tem um imenso e maravilhoso insight.
Já se passaram cerca de 10 anos desde esse encontro. Ele não lembra o nome do viajante, gringo,  nem se o diálogo foi exatamente assim. Mas  lembra bem do assunto que tratou e, sobre ele,  que estava morando no Brasil porque havia se apaixonado primeiro por uma brasileira do Norte e depois por nossa cultura, música e comida.
Recordou as analogias da viagem com a vida, do fato de que os confortos e as dificuldades, as alegrias e os aborrecimentos, as idas e as vindas de uma viagem são um paralelo perfeito da própria existência humana.
E lembro que ele citou Bob Dylan antes de pedir licença e se recostar na poltrona para dormir o resto do voo:
– Yes, my friend: “Life is nothing but a trip”. (“A vida nada mais é do que uma viagem.”)
 Assim o ilustre companheiro de bordo o deixou com o livro nas mãos, a cabeça cheia de pensamentos e o coração pulsando com a idéia de que a vida é uma viagem fantástica.
Nunca mais ele parou  de se considerar um viajante para seguir em frente, seja em outro continente, seja em seu próprio bairro.
Na prática é  fundamental definir bem o roteiro para não ter surpresas ruins na viagem. Principalmente se você for como eu que detesta viagens por agência e o planejamento engessado que elas oferecem.
 Há dois tipos de viagem que eu gosto: as que  planejo nos mínimos detalhes e as que  faço sem planejar nada.
É claro que as viagens planejadas são mais confortáveis têm menos surpresas, mas não podemos esquecer que as surpresas fazem parte dela. Aliás, viajamos para nos surpreender com o mundo.
Atualmente, eu prefiro planejar até certo ponto, como definir bem as datas de ir e voltar, reservar a hospedagem, mas gosto de deixar espaço para o improviso, para a aventura.
Viajar é uma das melhores sensações da vida. O dinheiro aplicado em uma viagem não é um gasto, e sim um investimento.
Seu retorno vem em forma de cultura, de entendimento, de percepção, de experiência e, principalmente, em forma de vida.
Uma viagem não se esgota no retorno.
Continua em nossa lembrança em forma de imagens, sons, cheiros, texturas.
Lembro quando viajei para Agulhas Negras para uma escalada , com amigos do trabalho e numa noite gélida e estrelada  de repente  um deles  esticou o braço para o céu, apontando para um lugar no meio da escuridão, e disse:
Uma estrela cadente!
 Eu apertei os olhos e fiquei  horas tentando encontrar outras porque até então  nunca tinha visto uma, e para mim aquilo era apenas real nos livros que li quando criança, mas não , elas eram reaisnaquele momento e me emocionei ao ver uma delas rasgando o céu numa beleza ímpar.
E então me remeto novamente a Eugênio no mesmo texto que mencionava:
– Para onde ele está indo? – perguntei, provavelmente só para dizer alguma coisa para cortar aquele silêncio.
Ela está sempre em movimento – explicou o amigo. – Não precisa ter, necessariamente, um lugar para ir. Ela é  como um nômade que não sai do céu, mas está sempre viajando, pois essa é sua essência. Assim como as dunas, que se movem permanentemente, as estrelas não se detém.
E assim somos nós, humanos, que também precisamos do movimento para não sermos cobertos pela poeira do tempo e pelo mofo da acomodação.
Uma viagem pode não ser a vida, mas é uma bela metáfora dela, pois nos faz defrontar uma realidade maior e nos abre a alma para o entendimento.
Entretanto, sempre é bom lembrar que viajar tem partes, e uma delas é a volta para casa.
E feliz daquele que considerar esta como uma das melhores.
Entre outras coisas, viajar nos ensina a amar nosso lar, nosso país, nossa gente.
Afinal, como disse Goethe, sábio é aquele que consegue criar, para seu uso, “raízes e asas”, essas duas maravilhosas possibilidades humanas.
Esse autor é fascinante, recomendo!!
E eu aqui contando os dias para viajar....