22 setembro, 2010

New York

Popularizada por Frank Sinatra , New York..New York a música começa assim:

Start spreadin' the news, I'm leaving today
I want to be a part of it: New York, New York."

e termima com:

"If I can make it there, I'm gonna make it anywhere,
Come on come through, New York, New York."

A surpreendente viajante aqui sequer teve vontade de acessar a net e postar alguma coisa no blog durante a estadia ,a cidade tem tantos encantos que mergulhei num ritmo alucinante de turista durante 18 horas por dia,  aliás passados 10 dias que voltei ao Brasil finalmente começo a colocar o pé no chão depois de uma viagem a um dos mais belos e hospitaleiros lugares dos EUA.
Chamam na de Manhattan  my friends e basta uma ligeira aproximação com seus apressados habitantes para perceber o quanto a cidade lhes cai bem.
Apressados mas gentis, e que felicidade e bem estar por viajar cercado de pessoas educadas e receptivas aos seus turistas, a cidade é um dos lugares mais ricos mas não se ve gente esnobe, pelo contrário a atitude amistosa de cada um dos nova iorquinos chega a ser comovente. O país passa por uma recessão cruel e sabe que parte da sua economia ´´e beneficiada pelo turismo de milhares de estangeiros que desembarcam por lá todos os dias e eles conhecem muito bem a sutileza da excelência em prestação de serviços, o atendimento é impecável de fastfoods a restaurantes sofisticados bem como de lojas de departamentos a grifes exclusivas da quinta avenida, claro que adorei tanta paparicação .
Credito a contradição entre os arranha céus e a beleza de seus parques o encanto por essa cidade tão cosmopolita.
A cidade é luxuriante, o metrô funciona , os ônibus são espetaculares, ruazelas arborizadas estão por todo canto, a cidade é limpa, o ar fresco e há sempre aquele vento delicioso trazido pela brisa do oceano as margens do rio Hudson.
A vista dos arranha céus seja o Empire State ou o Rockfeller Center é deslumbrante, de dia, ao entardecer ou a noite a cidade brilha e encanta todos os tipos de viajantes, um ouvido atento certamente não deixa passar desapercebido os múrmurios de encantamento diante da pirmeira olhadela quando você estiver no 87º andar e se deparar com a vista, é de tirar o fôlego.
Ainda não conheço muito do mundo mas o ponto de partida certamente ficará como um grande incentivo as viagens que ainda estão por vir, e eu confesso não fosse essa minha vocação nômade  optaria facilmente por viver naquela cidade.
No mais o que tenho a dizer é que viajar e encontrar gente de espírito desarmado, acolhedora e sempre disposta a fazer os viajantes provarem seus encantos de metrópole é imperdível, o grande desafio é arranjar tempo para desfrutar de tudo!!

20 setembro, 2010

Oráculo

Amigos distantes podem trazer tanto aconhego quanto os mais próximos, são como bálsamos na alma e a certeza de que plantamos sementes de amor pelo caminho.
Semana passada parecíamos estar juntos como antigamente no quintal da casa da Bia, só que o papo rolou mesmo nuns 30 emails que trocamos em menos de dois dias, para variar todo mundo falou e ouviu de tudo e de geração Y do Marcinho a bullets e poesia eu recebi esse recadinho fofo da minha ex chefinha e mestra em filosofia.
Fizemos nosso próprio oráculo e como sempre a melhor terapia que pode existir é quando vc sabe que pode contar com seus amigos para escutar seus desejos e confissões.Saudades, Clau

15 setembro, 2010

Profissonal profissional ou mãe profissional

e quem somos afinal?
caminho sossegada por esse território mas não alheia as inúmeras conversas das mamães atuais então....
esse assunto as vezes vem na cabeça  e é um assunto difícil porém central pelo menos para várias mulheres.
quem eu sou?
o óbvio, a resposta intelectual e analisada, é que somos uma combinação de várias coisas, e não uma só. mas convenhamos, não é assim que vemos a nós mesmos. bom, pelo menos não me vejo como essa manta linda de patchwork, com cada pedacinho ou faceta cumprindo seu papel na tecelagem da minha vida... eu me julgo e rotulo, sou parcial e muito pragmática.
honestidade? me defino pelo meu trabalho, sou a mais perfeita tradução (e clichê) do mundo pós-industrial e capitalista.  sou o que faço, o que entrego, o quanto dou de resultado. o que no meu caso é um arranjo sensacional, pois sou bem-sucedida na carreira, aliás tive o privilégio de poder escolher qual delas, e dou um resultado enorme. e de quebra, adoro meu trabalho. pensando bem, não deve ser exatamente à toa que preferi me definir basicamente pelo meu lado profissional, não é mesmo, minha gente? ;)
fiquei 2 semanas sem trabalhar (resolvi desfrutar e viajar), e foi interessante observar como o não trabalhar/não "entregar coisas" , o não ser necessária foi também delicioso, porque tenho a facilidade de me desplugar imediatamente assim como ser centrada em segundos quando necessário.
sempre critiquei mulheres que se dedicam exclusivamente aos seus filhos e marido, porque creio que isso cria uma falsa sensação de ser necessária, o "centro da família", que tem prazo pra vencer. os filhos crescem e vão embora (se a doida deixar, né. senão vira um encosto na vida dos filhos, tá cheio por aí), o casamento eventualmente acaba (até porque mães profissionais não investem no relacionamento com o marido, afinal já casaram e pariram) e elas aos 60 anos se vêem sozinhas e sem propósito. absolutamente compreensível que pirem na batatinha e se sintam péssimas. as que têm sorte continuam casadas, mesmo infelizes, ou são ricas; as azaradas se pegam sozinhas, sem profissão, sem propósito na vida, e sem dinheiro. muito, muito medo.
mas aí fiz um exerciciozinho: qual é exatamente a diferença entre a mãe profissional e a profissional-profissional?
 a diferença infelizmente é pequena (embora seja significativa do ponto de vista prático): a profissional-profissional provavelmente terá independência financeira e algo pra se ocupar.
me preocupa mais o que é igual nos dois casos, a uni-dimensionalidade (afe, inventei) do meu ser. sim, eu faço muitas coisas, sou muitas coisas, é fato. então por que atualmente muitos se deixam envolver tanto por apenas um dos aspectos da vida?
 o tempo que gasto com meu trabalho (não só dentro do escritório, mas pensando nele) é equilibrado  comparado ao restante da minha vida., e não dou mais importância ao trabalho que à minha família, amigos e a mim mesma porque num determinado momento da vida resolvi descer do pedestal que o mundo corporativo me levava para vivenciar esse equilíbrio.
tinha um bom trabalho, um ótimo salário, altos conhecimentos intelectuais, mas não tinha paz de espírito, era um atropelo só de deliverables e schedules sem fim, sem falar na imensidão de números que rondavam minha mente.
hoje consigo equilibrar bem minha dedicação às suas várias atividades, escrever para mim mesma é apenas uma delas.
me pergunto: será que essa dedicação, paixão e comprometimento apenas com o trabalho, em tantas pessoas, não é simplesmente uma fuga, uma válvula de escape pra compensar aspectos negligenciados da m vida?
afinal, se como profissional  as pessoas se sentem poderosas (o que nem sempre acontece como esposa, amante ou amiga), então querem ficar neste "modo" o máximo possível.
melhor continuar investindo onde dá certo, ao invés de arriscar fazer besteira.....

a maternidade uma nova variável  na vida de muitas amigas pode balançar algumas estruturas,  ser mãe vai  bastar? e encantar a ponto de querer parar de trabalhar?
 pode também adicionar mais uns goles de culpa por mais falta de tempo que já andava escasso?!
da mesma forma que não acho saudável ser mãe-profissional, também não acho legal ser  só  profissional-profissional.
mudei minha vida há alguns anos para ser mais que isso, quero de verdade conseguir na maior parte do tempo, balancear melhor os vários aspectos da minha vida e personalidade, e poder deixar algumas dessas coisas de lado de vez em quando sem me sentir vazia ou inútil., quero poder ficar 6 meses fora do trabalho sem culpa, e quero também poder um dia tirar férias do meu futuro filho sem culpa.
é, esse é mais um daqueles posts sem conclusão. minha conclusão no fundo é que com a maturidade dos 35, ganhei a oportunidade de, mais uma vez, me reinventar. nos próximos anos, quero me dedicar a ser eu mesma mais auto-sustentável, menos egoísta e mais serena  de verdade.