03 dezembro, 2010

Uma guerra silenciosa

Hoje vindo para o trabalho estava escutando uma antiga música do Legião Urbana, Fábrica e uma de suas estrofes dizia:
Nosso dia vai chegar,
Teremos nossa vez.
Não é pedir demais:
Quero justiça,
Quero trabalhar em paz.
Não é muito o que lhe peço -
Eu quero um trabalho honesto
Em vez de escravidão.
E me lembrei da violência no Rio de Janeiro e dos cercos aos traficantes dos morros nas últimas semanas, a música dos meninos de Brasília na minha estreita interepretação fala da escravidão e acho que essa palavra representa perfeitamente a atuação da droga na vida das pessoas.
O mundo se amedronta com a possibilidade de uma terceira guerra mundial em virtude de tantos conflitos entre alguns países em busca de dominação e poder mas ao meu ver a terceira guerra já começou a muito tempo.
 A guerra instalada através do vício, uma guerra lenta e silenciosa que destrói famílias e seifa vidas de muitos jovens, e isso me faz lembrar minha conversa com um velho amigo que perdeu seu filho para as drogas, naquele dia já se passavam sete anos da morte de seu filho e ainda assim algumas lágrimas escorreram pela sua face ao lembrar de suas escolhas equivocadas.
Como muitos da minha geração , já presenciei muitos amigos e conhecidos embarcarem nessa trajetória que tem um fim praticamente certo: a morte prematura  e muito sofrimento.
As dificuldades da vida não são motivo para a fuga nas drogas, a falta de perspectiva tampouco mas a banalização da vida , esse presente tão especial que recebemos do Pai é algo que me comove e intriga na atitude destas pessoas.
O meu desejo para os próximos anos é que essa guerra realmente acabe porque nascemos para sermos felizes e não para a escravidão.

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