05 julho, 2010

Mania de consumo

Hoje assisti Sex and City 2, quase fora de cartaz das telas da cidade de SP, consegui encontrar uma sessão numa das poucas salas ainda em exibição: no Shopping Jardim Sul.
Deve fazer uns oito anos que não passava por este shopping, era o local mais próximo para sessões de cinema na época que morava em SP,  por vários domingos ao retornar do inteiror passava lá com a Dé para assistirmos algum filme.
Passar por lá hoje me trouxe boas lembranças, têm um restaurante divino  onde me  esbaladava num escondidinho de bacalhau, boas horas de almoço , aquelas sextas que vc estica o horário de almoço por duas horas....
É incrível mas o filme comentou algo que se encaixa perfeitamente ao que senti hoje , as vezes a vida parece passar em câmera lenta uns dez anos nada muito relevante acontece, de repente em dois anos a inércia desaparece e várias mudanças surgem.
O filme é light : diversão, moda, amizade sob a ótica da escritora Carry como se leva a vida após um final feliz?
Vemos então que o filme busca entregar às mulheres  o sonho escapista de uma vida luxuosa, em que homens maravilhosos e férias grátis podem simplesmente cair do céu. Sex and the City 2 é o conto de fadas para a sociedade de consumo, em que uma fada madrinha em forma de sheik árabe resgata mulheres das agruras de ser mães e esposas para levá-las ao mundo encantado do Oriente Médio, cheio de possibilidades e mistérios.
O melhor de tudo a improvável combinação de Samantha com uma burca!!Como sempre caricada e com boas piadas na medida certa.
O cenário não podia ser de pura luxúria Abu Dhabi um dos sete emirados.
Me fez lembrar uma realidade bem comum não apenas para as ubber nova iorquinas mas qualquer um de nós: o desejo de consumo.
 O desejo não apenas pelo objeto, mas pela satisfação de carência,contrapondo ao  sentimento de plenitude , e aí  logo após a satisfação do desejo você fica  tomado pelo vazio e pela falta novamente. E assim buscamos outro e outro objeto, sucessivamente, numa busca infinda.
O ter tem o compromisso do ser nos olhos dos outros.
Em contrapartida: ser – coloca o ser humano no centro, e os objetos de fora.
 Nesta condição, o indivíduo possui maior respeito por si e pelas pessoas.
É só um filme ok?!
Mas quem nunca se deparou  pelo menos uma vez com a amarga insatisfação de ser consumista ao ver a fatura do cartão de crédito, rsrrsr

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