29 agosto, 2009

Sutilmente

A voz sempre pode ser apenas um rascunho a menos que seja conhecida, a minha traz nesses últimos dias uma tensão, uma excitação e uma fúria que eu poderia com mais habilidade ter apagado a página, mas sutilmente a vida não é um processador de texto e ela dá ao protagonista uma chance.

É preciso se relacionar com igualdade entre ambos os lados, tanto um quanto o outro prontos para dar- não com uma pessoa querendo paixão e o outro desejando amor de verdade. Eu acho que é daí que vem toda a agonia, que existe o desequilíbrio, pois as pessoas não tem certeza suficiente de si mesmas ou do que querem da vida ou de qualquer coisa, parecem amadores com máscaras de profissional.

Outro dia vi a história de um rapaz que durante anos construiu sua trajetória de boa índole e dedicação, passou meses fazendo dupla jornada para comprar seu primeiro carro, e bastou um segundo para se assustar num assalto e ser baleado. O bem é uma construção de uma vida, o mal sei lá parece fastfood é rápido no gatilho, você vai construindo, regando a semente e de repente vem um tufão e lá se vai a semente que nem raiz tinha ainda.

Somos, nem tanto por burrice mas por preguiça ou reflexo condicionado, reféns do julgamento alheio,massinhas para modelar de crianças aos moldes de outros.
Será que os corajosos andam as mínguas? Tememos outras alternativas que não sejam as testadas e aprovadas, eu bem que tentei abrir uns caminhos alternativos esses dias mas qual o quê não fuimuito compreendida , é assim os diferentes abrem caminhos, criam opções, sobrevivem da própria independência, enquanto os outros vêm atrás repetindo.

Não tenho pressa para crescer, nem para amar, mas não perco tempo patinando sem sair do lugar, caminho ora a passos largos outros uma tartaruga me faria comer poeira, passeio por dentro e fora de mim, nunca estaciono, mas também nem sei aonde vou chegar...se tivesse todas as certezas seria tão monotómo.

Não é fácil dar a cara a tapa, entregar se com transparência, deixando transparecer nossa alegria ou dor; para a maior parte das pessoas o espaço entre nascer e morrer é um vácuo, só sabe que está vivo porque de vez em quando leva um chacoalhão e sofre, mas sequer tem consciência do aprendizado que poderia obter e vai levando a vida assim aos tropeções.

Quero viver com autenticidade, espontaneidade, alegria e muito amor, ainda que de vez em quando apareça alguns buracos já conhecidos ; nunca perco o ânimo sou uma otimista incorrigível.

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