23 agosto, 2009

My way

Se desse para escolher uma música que imortalizou a paixão pela vida escolheria Frank Sinatra e a canção My way; ele amou, riu, chorou, falhou; com um detalhe: tudinho do jeito dele. É preciso muita coragem para ser diferente e não vestir a mesma forma de sapato que todo mundo, e quer saber é muito mais estimulante ser diferente do que ser o melhor ; esta unicidade não está em se vestir de Carmem Miranda e ir para o trabalho, e sim em não se importar se nossos pequenos prazeres que registram nossa personalidade são aceitos ou não no rol dos politicamente corretos. Os prazeres da massa são incorporados e comuns , satisfazem nossas necessidades de afeto, fome, sexo, calor, frio; mas são apenas referências agora os pequenos prazeres nos individualizam, trazem o nosso jeito, revelam a nossa maneira de celebrar a vida no mundo.
Eu por exemplo se existe uma coisa que me faz ganhar o dia é ler algo que revira minhas convicções e me faz rever minhas opniões, que faz uma análise cirúrgica na minha alma e mostra que eu não sabia nada sobre determinado assunto, que óbvio eu achava que já sabia.
O que eu quero dizer aqui é que muitos desejos que temos não são nossos e sim coisas que nos ensinaram a desejar: uma profissão, amigos, um lar, reconhecimento ; acontece que o desejo tem vontade própria e quer coisa mais sem a graça que o desejo realizado. Pronto já vamos nós buscar outros, ele não é uma tartaruga, é um leão faminto nos impulsionando a buscar outro sustento emocional.
Dá trabalho mas ainda assim prefiro ter um leão faminto do que a desolação da jaula vazia, ainda preciso do sonho para continuar pulsando ...
Prefiro os olhares de indagação pela diferença a ser apenas mais um, prefiro o mistério de descobrir uma página nova a cada dia porque só assim consigo entender qual é o meu papel nesta vida tão efêmera, só assim posso dizer que fiz do meu jeito.

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