12 maio, 2010

Esse seu olhar Alfred!

Nos últimos dias venho tentando compreender minhas atitudes, decisões, posturas , meus erros e acertos no sentido de encontrar  equlíbrio. Felizmente graças a um esforço imenso em mudanças internas, acabei vencendo barreiras enormes, principalmente venci a mim mesma.
Como filha do Pai e ainda muito ignorante em evolução espiritual já percorri alguns caminhos que me mostraram a imprudência, a impaciência, a minha mesquinhez , o meu egoísmo. Mas num desses rompantes que invarialvelmente passamos cedo ou tarde passei a entender e aceitar que a força poderosa que alinha todas as criaturas para o equilíbrio é o tempo.
O mesmo tempo foi capaz de transformar a guerra civil do Sudão em algo menos cruel, a sensibilidade permitiu que homens generosos se mobilizassem na ajuda a milhares de crianças órfãos.
Quando acontecem coisas assim que a gente  não gostaria que acontecessem, que a gente não se conforma que ainda possas existir é porque ainda está na hora de aprender mais um pouquinho as lições da vida.
Na guerra a gente vê confusão, a gente enxerga discórdia, enxerga o pessimismo sob a ótica do outro e, sem pensar que é possível viver em paz, generaliza-se pois está instalado o verdadeiro caos.
O Sudão é só um exemplo do caos da miséria humana.
Os órfãos do Sudão me fizeram olhar além do próprio umbigo, eles são a minha consciência clamando por piedade e compaixão, por uma vida menos supérflua e mais justa.
O garotinho  fofo da foto é Alfred!"Alfred andava em meio ao comércio de Torit em busca de restos de comida…órfão,sem ter onde dormir e ninguém para cuidá-lo,passava seus dias com apenas um pensamento: ‘Sobreviver’.
Até quem um dia alguém lhe disse:’Olha lá do outro lado,tem uma casa onde pessoas pobres podem dormir!’
Decidido saiu em busca da tal casa.E chegando lá,se deparou com a cena de 35 órfãos sendo recebidos na Casa.Ele pensou: ‘Vou me misturar a esses órfãos e nem vão perceber!’
Assim ele entrou “infiltrado” na casa 1 junto com os demais,pois eram muitas novas crianças. Alfred acabou dormindo no canto da parede bem escondidinho,mas no meio da noite,seu pequeno coração começou a bater muito aceleradamente e chorando ele bateu na porta de uma das  obreiras que dorme dentro da casa 1,pedindo ajuda.
Quando o chamaram para conversar para que ele contasse sobre como vivia antes e como chegou ali,novamente ficou assustado pensando que aquele homem branco o mandaria embora.Mas ele começou a  contar sua história e novamente suas lágrimas caiam e claro, também não contive as minhas. Dei-lhe um abraço e disse : ‘Alfred,você é muito bem vindo a nossa família e saiba que este não é um lugar para pessoas pobres,mas sim para pessoas muito especiais como você!’
Ele deu um grande sorriso e agora seu olhar dizia: ‘Muito obrigado.”"

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