02 setembro, 2011

Relacionar-se

Saber se relacionar é muito importante porque todo ser humano sente necessidade básica de se sentir aceito, querido, desejado, valoroso, legitimado e importante.
 Necessitamos tanto disso que praticamente vivemos para isso: nossas escolhas são baseadas em nossas crenças em atingir estes objetivos.
E é no relacionamento com o outro que podemos, ou não nos sentir assim. Se soubermos nos relacionar de modo a aceitar o jeito do outro ser e nos alimentar dessas relações.
 Sim, falei nos alimentar da relação porque só crescemos na relação com o outro, caso contrário, ou se nos relacionarmos apenas com nos mesmos, não há ingredientes para transformação tal qual o preparo de um alimento – para se fazer arroz é necessário: água, sal, panela e fogo.
Grão de arroz com grão de arroz não se transforma em alimento. Análogo a uma pessoa que não sabe se relacionar.

Ao nos alimentarmos da relação, aceitando o modo de ser do outro, não apesar de ser diferente do nosso, mas exatamente por esta razão, faremos o outro sentir-se importante, querido, aceito, legitimado e valoroso, e se alguém se sente assim com a gente desejará a nossa companhia e fará com que sejamos aceitos, legitimados, valorosos e importantes tal qual as águas refletem a imagem daquilo que nelas
Quando os interesses e os investimentos emocionais e intelectuais são os mesmos, nestes poucos e raros momentos as pessoas se encontram, deixam de ficar ensimesmadas e sentem um calor envolve-las. Estão juntas e se encontrando numa boa relação. Isto acontece quando mais de uma pessoa compartilha do mesmo clima emocional e mental.
 É tão bom como quando se está fisicamente envolvido por águas mornas, só que bem melhor, pois estamos falando de um envolvimento menos superficial que a pele.
Mais intenso e profundo do que o físico. Estamos falando de um envolvimento emocional. Nessas ocasiões estamos tão deliciosamente envolvidos uns com os outros que não sobra mente para nos percebermos. Estamos inteiramente tomados deste e neste encontro, por isso só depois quando nos lembramos dos raros e bons momentos do encontro é que sentimos saudade.
Mas não sabemos como ou o que fizemos para atingir esta feliz sensação.
 Quando há encontro, estamos inteiros dentro desta relação, imersos, e não resta uma parte de nós preservada, não envolvida ou não tomada. Isto é não há um estado em nós que não esteja entrelaçado no encontro e que possa se enxergar do lado de fora da relação para que possa se observar e apreender a técnica do bom relacionamento, e por meio desta aprendizagem poder principalmente, entrar ou sair a bel prazer desses deliciosos encontros.






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