29 julho, 2011

sucesso, fracasso e perfeccionismo

Alguns pensam que perfeccionismo é virtude, mas não é. É garantia de sofrimento, já que a perfeição é inatingível.
Os perfeccionistas sofrem porque não importa o quanto se esforcem, terminam constatando que não alcançaram a “perfeição”. Se, ao invés dessa meta inalcançável, estivem buscando a excelência, certamente se sentiriam mais fortes, motivados e capazes. Isso porque a excelência de cada coisa, projeto ou objetivo é definida levando-se em consideração as condições prévias, os recursos existentes, o prazo disponível, o grau de experiência e competência, os apoios possíveis, dentre outros fatores que influenciam todo e qualquer resultado.
 Por outro lado, ao se definir a perfeição de algo, desconsideram-se o contexto, o momento, as possibilidades e limitações. Não é algo inteligente de se fazer, portanto.
Dentre os efeitos colaterais do perfeccionismo destaca-se a “ansiedade de desempenho”.
A obsessão pelo sucesso e o medo de fracassar não ajudam a pessoa a avançar, crescer e conquistar o que almeja, mas sim, interferem negativamente como uma profecia auto-realizadora.
Para se libertar dessas amarras, é preciso buscar a nossa própria definição pessoal de “sucesso” e “fracasso”.
 Embora todos acreditem “pensar com a sua própria cabeça”, a verdade é que a maioria de nossos modelos mentais é construída sobre crenças e conceitos que absorvemos de modo inconsciente da cultura em que estamos imersos.
O primeiro passo, portanto, é questionar cada uma das premissas sobre as quais nosso modelo mental de sucesso e fracasso se baseia.

Ao refletir profundamente, você descobrirá que só existem três possíveis fracassos na vida:
1. NÃO TENTAR - Quando você está com tanto medo de errar ou perder que decide que é melhor desistir, mesmo sem haver tentado.
2. DESISTIR - Quando você tenta um pouco, por algum tempo, percebe que o seu sonho é desafiador, e então decide que será mais fácil mudar de sonho, ao invés de lutar por ele. (É claro que há situações nas quais você já fez todos os esforços para atingir uma meta, já tentou todas as estratégias e, após uma cuidadosa avaliação, decide estabelecer uma nova meta para si mesmo. Isto não é desistência!).
3. NÃO APRENDER COM AS TENTATIVAS E ERROS - É preciso perguntar-se, sempre: “o que posso aprender dessa experiência? Que lições posso extrair dessa dificuldade?” Quando não se faz esse tipo de questionamento, o passar do tempo acarreta apenas no aumento da idade, e não no amadurecimento.
Maturidade provém da reflexão e do auto-conhecimento, não do envelhecimento.
Quem compreender esses fatos, nunca se sentirá um fracassado na vida.
Mesmo se houver tentado tudo o que podia e tudo tiver saído “errado”, saberá que tudo isso foram TENTATIVAS, e não fracassos.
Entenderá também que fracassar em uma situação específica não significa, de modo algum, ser um fracassado (por inteiro)!
Tentar conscientemente é aprender. E aprender traz experiência.
A experiência nos prepara para não repetir os mesmos erros.
Então, cometem-se outros erros, que vão ensinar novas lições.
Os erros que a gente comete nesta vida costumam ser mais lembrados do que os acertos.
Nada de novo sob a ótica de que rir das fraquezas alheias é uma atitude humana. Mas não precisávamos ser tão humanos assim.

Se perdoe!

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