Sinto que o destino é como um dueto;duas vozes, o resultado entre a providência divina e o esforço próprio, em metade dele não temos qualquer controle; a outra parte está inteiramente em minhas mãos, e minhas ações ou omissões terão consequências perceptíveis. Não sou uma marionete dos deuses , nem tampouco senhora do meu próprio destino, sou um pouco de ambos.
Vôo pela vida me equilibrando em duas asas, as vezes sobrevôo, dispenco ou vou até o cume ; uma asa é o destino e a outra o livre arbítrio.
E a pergunta que surge é qual das asas está em desequilibrio?Porque a asa não está sob meu controle , com qual asa devo parar de me preocupar, qual delas me guia num esforço concentrado, qual delas me leva a alcançar vôos de plenitude?
Há muitas coisas em meu destino que não posso controlar, mas algumas sim estão sob minha rédea , posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho minhas inseguranças, com quem compartilho meu corpo, minha vida, minha energia.Posso decidir o que como, o que leio, o que escrevo. Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas da minha vida, posso me sentir sem forças para adotar o ponto de vista mais otimista, posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros, e acima de tudo posso escolher meus pensamentos.
A minha mente é a única coisa que quero controlar, posso largar todo o resto , mas se não conseguir dominar meus pensamentos, terei muitos problemas .
Não se trata de repressão nem negação, pois estas inventam jogos complicados para fingir que os pensamentos e sentimentos negativos não estão acontecendo. Deixe me explicar estou falando de reconhecer a existência dos pensamentos negativos, entender de onde vieram e então com coragem ter a capacidade de perdoar e mandá-los embora.
Deixá-los ir embora as vezes é um sacrifício, é perder hábitos enraizados, implicâncias e padrões conhecidos, é uma vigilância constante consigo.
Assim me forcei a prestar atenção em meus pensamentos e toda vez que algum desprezível aparece tento dizer não vou mais abrigar pensamentos que não forem saudáveis.
Minha mente será um porto, uma baía tranquila, um lugar pacícifico que cultivará a tranqulidade.
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