06 dezembro, 2009

No palco da Bahia

Realmente não tenho nada a haver com a Bahia, não curto o carnaval baiano, prefiro mil vezes o espetávulo colorido dos cariocas e seus sambas enredo a aquelas músicas de axé, bixinhos, biquinhos e conotações ridículas.
Tenho que me render ao litoral belíssimo, aos encantos de Morro de São Paulo, Itacaré mas nem de longe consigo ver beleza no Pelourinho e outras ruas de Salvador com aquele cheiro fétido de urina .... também não consigo apreciar a culinária baiana : moqueca, acarajé, coentro, feijão de corda, azeite de dendê, vatapá, caruru e para fechar com chave de cadeia xinxin de galinha ah não dá meu paladar e meu estômago embrulham só de sentir o cheiro, agora tenho que me render ao escondidinho de carne seca que nem sei se é tão típico da Bahia, mas que é deliciosamente saboroso.
Estava fazendo essa análise da minha aversão a muito da cultura baiana, infelizmente também não gosto do sotaque, e por conviver numa cidade com muitos baianos porquinhos acabei criando uma certa reserva ao conceito de limpeza e educação por parte de seus representantes nordestinos.
Toda essa reflexão porque resolvi fazer um jantar em casa regado a um bom escondidinho de carne seca , mandioca e mandioquinha, um espetáculo!
Entendo que vivam num estado que possa não oferecer ótimas condições de emprego mas o que pensar de um povo que não pensa duas vezes em acabar tudo em festa, feriado e forró, ui ui ui dói meus ouvidos esse ritmo ....
Outro costume horroroso colocar a música super alta, forró e derivados nas portas das lojas para atrair os clientes, tem coisa pior?
Me lembro de ter entrado uma única vez numa dessas magazines, eu era universitária e buscava um guarda-roupa barato para mobiliar a república, a caixa de som ficava extamente em cima do modelo que havia escolhido, solicitei ao vendedor se era possível abaixar o volume daquele som pois era inviável qualquer tentativa de negociação naquele ambiente, claro a frase padrão de atnedimento o gerente não permite que mexamos no som, agradeci atenção e me dirigi ao concorrente que obviamente não tocava uma música ambiente e relaxante mas que teve o bom senso de providenciar um espaço menos poluído a seus clientes.
Caetano, Gil, Luis Caldas, Daniela Mercury.....nem eles me fazem ver com outros olhos, é Bahia por mais que faça um esforço só o Olodum me encanta , talvez pela batida muda dos tambores sem qualquer palavra tosca acompanhando o ritmo.
Tem frase que retrata melhor? "O baiano não nasce, estréia"! , deve ter sido criada por um.

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