Em meio a turbulência dos últimos dias com tantas coisas mudando, decisões complicadas a serem tomadas e alguns choques de posturas não me dei conta, de que me exauri.
Sempre tive uma postura de enfrentamento e continuo tendo mas no íntimo reconheço que muitas vezes gostaria de uma parada, um porto, de não precisar decidir sempre, de apenas remar sem saber em que porto parar, de ser mais livre e ao mesmo tempo mais preso, de se pré- ocupar menos por coisas que ainda não sei, de se culpar menos pela distância abismal entre o que aprendo como cristão e o que vivencio como humano.
Talvez sejam essas músicas clássicas , mexem muito comigo, me trazem lembranças de uma vida que não sei aonde foi e nem quando foi ,uma sensação nostálgica de um tempo de paz de espírito que não vivencio nesse planeta, que idealizo viver em plenitude mas que ainda não ocorre.
Me senti extremamente pequena diante do depoimento desta semana do ex sequestrador que teve uma oportunidade de recomeçar oferecida, conscientemente, pelo próprio sequestrado, me senti hipócrita em teorizar os ensinamentos do evangelho e estar tão distante de vivenciá-los, me senti um graõzinho tão ínfimo .
A minha reforma íntima de hoje me fez repensar no ser humano que sou e naquilo que me falta...
Talvez meu espírito se lembre de um tempo que esteve em outra dimensão e por alguns instantes se faz mais livre das amarras deste corpo e me traga essa sensação de que já vivi algo que não encontro aqui ,algo que algumas dessas músicas orquestradas me remetem e que não consigo racionalizar.
.....um torpor de êxtase no amor, paz e plenitude que sinto tanta falta...
Qual o caminho para que essa luz brilhe sempre?
Se tudo, absolutamente tudo faz sentido na programação divina depois que entendemos os planos do Pai para conosco então talvez a minha grande lição seja a de aceitação , se ainda há sofrimento é porque o aprendizado verdadeiro não chegou .
Aproveite a oportunidade.
